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Principais agências federais dos EUA orientam funcionários a ignorarem ordem de Musk

FBI, Pentágono e Departamento de Estado se recusam a responder e-mail ‘O que você fez semana passada?’, enviado por Musk, a servidores federais

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As principais agências federais dos Estados Unidos, incluindo o FBI, o Departamento de Estado e o Pentágono, instruíram seus funcionários a não cumprirem a mais recente exigência do bilionário Elon Musk, responsável pelos cortes de gastos do governo Donald Trump. A ordem determina que trabalhadores federais relatem suas atividades na semana anterior sob risco de demissão.

A resistência de autoridades nomeadas por Trump gerou ainda mais turbulência na já conturbada administração pública, apenas um mês após o ex-presidente reassumir o cargo e dar início a uma série de medidas para reduzir o tamanho do governo.

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O e-mail enviado pela equipe de Musk no sábado (22) concedia um prazo de 48 horas para que funcionários federais listassem cinco realizações da semana anterior. Em uma publicação na plataforma X, Musk alertou que aqueles que não cumprissem a ordem até as 23h59 (horário de Washington) da segunda-feira perderiam seus cargos.

Segundo fontes ouvidas pela Associated Press, a nova exigência de Musk tem respaldo de Trump. Entretanto, sindicatos e parlamentares consideram a medida ilegal e pedem sua revogação. A questão já motivou ações judiciais para impedir as possíveis demissões.

Advogados que representam os trabalhadores alegam que Musk violou a legislação trabalhista ao impor essa exigência no fim de semana. O documento, protocolado em um tribunal federal da Califórnia e acessado pela Associated Press, busca bloquear as demissões, alegando que a ordem não tem precedentes na história dos EUA.

O Escritório de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês), responsável pela administração de recursos humanos do governo federal, também foi mencionado no processo. Segundo a petição, nunca houve qualquer regra que exigisse esse tipo de relatório por parte dos funcionários públicos. A ação classifica a ameaça de demissões em massa como “uma das maiores fraudes trabalhistas da história dos EUA”.

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