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Primeiro-ministro do Nepal renuncia em meio a protestos; manifestantes incendeiam Parlamento

Ato violento contra o governo teve como estopim a proibição do uso de redes sociais no país; 19 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas

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O primeiro-ministro do Nepal, KP Sharma Oli, renunciou ao cargo nesta terça-feira (9) em meio a protestos contra o governo que já deixaram pelo menos 19 mortos. Manifestantes invadiram e incendiaram os prédios do Parlamento nepalês e de ministérios, além de escritórios do governo em Singha Durbar.

"Em vista da situação adversa no país, renunciei hoje para facilitar a solução do problema e ajudar a resolvê-lo politicamente de acordo com a constituição", afirmou Oli em sua carta de renúncia ao presidente Ramchandra Paudel.

O presidente do Nepal aceitou a renúncia e já iniciou o processo de escolha de um novo premiê, disse um assessor de Paudel à agência de notícias Reuters.

O protesto contra o governo teve como estopim a proibição do uso de redes sociais no país. Na segunda-feira (8), houve confronto com a polícia após a multidão tentar invadir o Parlamento, na capital Katmandu, e 19 pessoas morreram. Mais de 100 ficaram feridas.

O governo de Oli chegou a suspender o bloqueio de redes sociais, mas a raiva dos manifestantes não diminuiu. Nesta terça, eles se reuniram novamente em frente ao Parlamento, desafiando o toque de recolher por tempo indeterminado imposto pelas autoridades.

Durante o toque de recolher, escolas e lojas estão fechadas e aglomerações estão proibidas por tempo indeterminado em Katmandu.

Os organizadores dos protestos, que se espalharam para outras cidades do país do Himalaia, se autointitularam de "manifestantes da Geração Z". Os atos são motivados pela frustração generalizada dos jovens com a percepção de falta de ação do governo para combater a corrupção e aumentar as oportunidades econômicas.

Oli, 73 anos, tomou posse em seu quarto mandato em julho de 2024 como o 14º primeiro-ministro do país desde que a monarquia foi abolida em 2008. Dois de seus colegas de gabinete renunciaram na noite de segunda-feira, dizendo que não queriam continuar por questões morais.

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