Prefeita de cidade do México é assassinada um dia após eleição de nova presidente
Yolanda Figueroa, prefeita de Cotija, e seu guarda-costas, foram mortos a tiros na noite de segunda-feira (3)
Yolanda Figueroa Sanchéz, prefeita do município de Cotija, estado de Michoacán, no México, foi morta a tiros na noite de segunda-feira (3), juntamente com seu guarda-costas. O ataque ocorre um dia após a eleição de Claudia Sheinbaum para a presidência do país.
De acordo com o site local "La Voz de Michoacán", Yolanda e o guarda-costas iam para um ginásio próximo à praça principal da cidade quando foram surpreendidos pelos criminosos, que abriram fogo contra eles.
Eles foram encaminhados ao Hospital Regional de Los Reyes, porém não resistiram aos ferimentos. Os paramédicos afirmaram que a prefeita foi baleada 19 vezes.
O governador do estado de Michoacán, Alfredo Ramírez Bedolla, informou em suas redes sociais que irá abrir uma operação em coordenação com as autoridades federais para encontrar os responsáveis pelo assassinato.
Morte após sequestro
A morte de Yolanda ocorre nove meses após seu sequestro. Em setembro de 2023, a prefeita foi levada enquanto estava em Zapopan, no estado de Jalisco. Na ocasião, depois de ser libertada pelos sequestradores, ela havia dito que seu sequestro era de “caráter político”, já que não pediram dinheiro para sua libertação, mas “outras coisas”.
Na sequência de um processo eleitoral marcado por uma onda de violência, Sánchez Figueroa é a mais recente vítima da tragédia que assola os políticos mexicanos. Pelo menos 33 candidatos foram assassinados e outros 105 foram alvos de ataques, de acordo com dados da organização civil local Data Cívica. responsável por monitorar a violência política no país.
O clima de tensão e insegurança atinge níveis preocupantes, trazendo à tona questões cruciais sobre a democracia e o Estado de direito no México.