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PIB dos EUA cai 0,3% no 1º trimestre do governo Trump, segundo relatório

Economia americana vive pior momento desde 2022; economistas culpam as tarifas de importação do governo

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Especialistas preveem uma recessão na economia do país | Reprodução Getty Images
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A economia dos Estados Unidos encolheu no primeiro trimestre do segundo mandato de Donald Trump. O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou queda de 0,3% no período, segundo estimativa do Escritório de Análise Econômica (BEA, na sigla em inglês) publicada nesta quarta-feira (30). O relatório aponta que o crescimento negativo foi causado pelas tarifas de importação impostas pelo presidente norte-americano.

No último trimestre de 2024, final do governo de Joe Biden, o PIB cresceu 2,4%. O recuo é o primeiro desde os primeiros três meses de 2022 e coloca os EUA à beira de uma recessão.

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A queda, para o BEA, "refletiu principalmente" um aumento nas importações, que aumentaram à medida que as empresas buscavam burlar as tarifas impostas por Trump, e uma redução nos gastos do governo. A pesquisa ainda aponta que a queda não foi ainda maior por causa dos aumentos nos investimentos, nos gastos dos consumidores e, com menor impacto, nas exportações.

“As tarifas funcionam como um aumento de impostos, apertam as condições financeiras e aumentam a incerteza para as empresas”, escreveram economistas do banco de investimento multinacional Goldman.

O resultado impactou nas ações norte-americanas. Os contratos vinculados ao Dow Jones Industrial Average indicaram uma queda de 380 pontos, ou 0,9%, para o índice, enquanto os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq recuaram 1,4% e 1,9%, respectivamente. Houve também uma queda no sentimento do consumidor, que despencou 32% e apresentou o pior nível desde a recessão de 1990, segundo o jornal The Guardian.

O crescimento negativo do PIB é considerado raro nos EUA. Na última década ocorreu apenas três vezes: nos dois primeiros trimestres de 2020, por causa da pandemia de Covid-19, e no primeiro trimestre de 2022, com o decreto do aumento na taxa de juros.

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Apesar do medo, economistas dizem que ainda não é possível afirmar que o país viverá uma recessão. O BEA define o evento como "um declínio significativo na atividade econômica que se espalha pela economia e dura mais do que alguns meses", o que coloca os EUA à beira de uma crise econômica. O JPMorgan Chase, maior banco norte-americano, prevê uma chance de 60% para um colapso em 2025.

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