Papa Francisco apresenta leve melhora do ponto de vista respiratório, diz Vaticano
Pontífice está internado desde 14 de fevereiro para tratar uma pneumonia bilateral

Camila Stucaluc
O Vaticano informou que a condição do Papa Francisco, diagnosticado com pneumonia bilateral, continua estável. Na segunda-feira (17), a sala de imprensa compartilhou que os exames apontaram para uma leve melhora do ponto de vista respiratório e motor.
“O Papa está estável, com leves melhoras graças à terapia respiratória e motora. Ele está usando oxigenoterapia de alto fluxo com cânulas nasais com menos frequência e, às vezes, pode ficar sem oxigenoterapia. À noite, ele usa ventilação mecânica não invasiva” disse a Santa Sé, acrescentando que o próximo boletim sairá na quarta-feira (19).
Francisco, de 88 anos, está internado no Hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, desde o dia 14 de fevereiro. Inicialmente, foi apontado um quadro de bronquite, que evoluiu para uma infecção polimicrobiana nas vias respiratórias. No dia 20 de fevereiro, o pontífice realizou uma tomografia, que revelou uma pneumonia bilateral.
Essa é a quarta hospitalização de Francisco em quatro anos – e a mais longa até agora. A primeira ocorreu em 2021, quando o pontífice passou por uma intervenção cirúrgica devido a uma diverticulite. As outras duas ocorreram em março de 2023, por uma bronquite infecciosa, e em junho do mesmo ano, devido ao risco de obstrução intestinal.
Apesar do quadro de saúde delicado, a Santa Sé disse que Francisco permanece de bom humor e tem cumprido agendas no hospital. Pelas manhãs, ele está acompanhando virtualmente os exercícios espirituais da Quaresma e recebendo a Eucaristia. À tarde, o faz orações na capela do hospital e termina o dia com sessões de fisioterapia.
No domingo (16), o Vaticano publicou a primeira foto de Francisco desde a internação. Na imagem, o pontífice aparece de costas, sentado em uma cadeira de rodas em frente a um altar na capela do hospital, realizando uma missa. Sua mão apresenta um pouco de inchaço, o que, segundo os médicos, é consequência da mobilidade reduzida.
Apelo por paz
Na segunda, o papa publicou uma carta pedindo o fim dos conflitos armados no mundo. "Precisamos desarmar as palavras, para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de senso de complexidade", escreveu.
“Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade. As religiões, além disso, podem se valer da espiritualidade para reacender o desejo da fraternidade e da justiça, a esperança de paz”, completou Francisco.