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Onda de calor espalha incêndios por Espanha e Portugal

Outras regiões da Europa também registraram fogo intenso; aumento das temperaturas dificulta combate

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Bombeiros combatem incêndio na região espanhola de Ávila | Reuters/Juan Medina
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Milhares de bombeiros lutaram para apagar uma dúzia de incêndios florestais que assolaram o norte de Portugal e o centro da Espanha durante a noite dessa terça-feira (29) e esta quarta (30), na maior onda de queimadas na Península Ibérica até agora em 2025, após semanas de calor no verão local.

O maior incêndio florestal vem queimando na região montanhosa e arborizada de Arouca – cerca de 300 km ao norte de Lisboa – desde segunda (28), levando ao fechamento das trilhas turísticas populares.

Cerca de 800 bombeiros e sete aeronaves de bombardeio de água combateram o incêndio.

+ Incêndios se espalham por Turquia, Grécia e Albânia

"Houve um esforço enorme durante a noite, então agora temos uma situação um pouco mais calma", disse o comandante da Proteção Civil, Helder Silva, a repórteres. Os ventos fortes e o terreno difícil estendem o fim do trabalho. "É um incêndio florestal muito grande em áreas de difícil acesso", disse ele.

Mais ao norte, um incêndio vem ocorrendo desde sábado (26) no parque nacional de Peneda-Gerês, próximo à fronteira com a Espanha, envolvendo os vilarejos próximos em uma fumaça espessa que levou os moradores a pedirem para ficarem em casa.

Os bombeiros portugueses conseguiram controlar dois grandes incêndios que começaram na segunda (28), nas áreas centrais de Penamacor e Nisa. As autoridades disseram que o incêndio de Penamacor havia destruído 3 mil hectares de floresta.

Na província de Ávila, na região central da Espanha, rajadas de vento inconstantes atrapalharam os esforços dos bombeiros e de uma unidade militar especial, segundo os serviços de emergência. Os moradores da vila de El Arenal, cerca de 100 km a oeste de Madri, foram aconselhados a permanecer em casa devido à forte fumaça.

+ Nova onda de calor causa incêndios e riscos em várias regiões da Europa

Em Mombeltrán, perto de Ávila, o fazendeiro Blas Rodríguez lutou contra as lágrimas enquanto caminhava entre as árvores queimadas, com seu olival devastado pelo fogo.

"Essa terra pertence ao meu pai. Ela foi queimada há 16 anos, mas as oliveiras foram poupadas do fogo... Desta vez não há como salvá-las, tudo está completamente queimado", disse ele à Reuters.

Na província de Cáceres, no oeste do país, o incêndio afetou 2,5 mil hectares, provocando a retirada de pessoas de casas espalhadas pela área de Caminomorisco, segundo as autoridades.

Calor extremo na Europa

Outros países europeus também têm sofrido com incêndios decorrentes do aumento do calor. Na segunda (28), bombeiros lutaram para apagar dezenas de incêndios florestais espalhados por Turquia, Grécia e Albânia, deixando mortos e realocados.

No sul do Chipre, as queimadas são as mais severas registradas em mais de cem anos. Já em Kosovo, a prefeitura chegou a molhar as ruas para amenizar o calor intenso. Portugal e Espanha tiveram o mês de junho mais quente já registrado.

Verões quentes e secos são comuns em toda a região, mas ondas de calor extremo têm contribuído para incêndios florestais destrutivos nos últimos anos em meio ao rápido aumento das temperaturas no mundo todo.

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