Onda de calor na Europa: Incêndio na Grécia força retirada de milhares
Pelo menos oito pessoas já morreram no continente devido ao clima extremo

SBT News
com informações da Reuters
Um incêndio na ilha de Creta, na Grécia, queimou florestas levou à retirada de mais de 1.000 pessoas, nesta quinta-feira (3), segundo autoridades.
Ventos fortes e tempo seco criaram condições para o fogo no país, dificultando os esforços dos bombeiros para domar os incêndios, em um momento em que grande parte da Europa está sofrendo com a onda de calor do início do verão.
O clima extremo causou a morte de pelo menos oito pessoas no continente.
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Cerca de 230 bombeiros, juntamente com 46 veículos e helicópteros, foram mobilizados para conter o incêndio em Creta, que surgiu um dia antes perto da cidade de Ierapetra, na costa sudeste da maior ilha da Grécia.
Alimentado por ventos intensos, o fogo se expandiu e invadiu casas e hotéis que haviam sido esvaziados anteriormente, segundo as autoridades.
"Há rajadas de vento na área, algumas medindo 9 na escala Beaufort, provocando novas chamas e dificultando os esforços de combate a incêndios", disse o porta-voz do corpo de bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis.
Mais de mil residentes e turistas foram retirados de pelo menos quatro localidades e transferidos para um abrigo temporário em um estádio coberto em Ierapetra. Alguns saíram de Creta em barcos, segundo as autoridades.
A mídia local relatou danos a algumas casas, mas não houve feridos graves, embora algumas pessoas tenham sido hospitalizadas com problemas respiratórios, de acordo com uma autoridade.
Êxodo de turistas
O sudeste de Creta viu um grande êxodo de cerca de 5 mil turistas, disse à Reuters, George Tzarakis, chefe dos hoteleiros da região.
Ele expressou preocupação com o impacto sobre as futuras reservas. O turismo é a principal fonte de renda da popular ilha turística.
Julho é geralmente o mês mais difícil da temporada de incêndios devido às altas temperaturas e aos ventos fortes, afirmou Vathrakogiannis, da brigada de incêndio.
A Grécia e outros países do Mediterrâneo estão em uma área que os cientistas chamam de 'centro de incêndios florestais', com incêndios comuns durante verões quentes e secos.
Segundo as autoridades, esses fogos se tornaram mais destrutivos nos últimos anos, devido às rápidas mudanças climáticas.
Enquanto isso, na Turquia, milhares de pessoas fugiram de incêndios florestais à medida que o país luta contra as chamas nos distritos de Cesme e Odemis pelo segundo dia.
O Ministério da Saúde da Itália emitiu alertas vermelhos para 18 cidades, já que as temperaturas podem chegar a 38 graus Celsius nas principais cidades.
É possível que ocorram apagões temporários com o aumento do consumo de energia devido ao uso de ar condicionado, alertou o ministro italiano da Energia, Gilberto Pichetto Fratin.