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O que aconteceu com o urânio do Irã após ataques americanos?

Autoridades iranianas alegam ter removido material nuclear antes dos bombardeios, enquanto Pentágono fala em destruição extrema de instalações

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Instalação nuclear de Fordow | Foto: Maxar Technologies
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Os ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan, no Irã, neste sábado (21), levantaram uma nova série de questionamentos sobre o destino do urânio enriquecido e das centrífugas utilizadas no programa nuclear iraniano. A ofensiva militar, batizada de "Martelo da Meia-Noite", foi uma das mais complexas já realizadas pelos EUA, disse o Pentágono.

Em entrevista após o bombardeio, o general da Força Aérea Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, afirmou que "as análises iniciais indicam que todos os três locais sofreram danos e destruição extremos".

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Antes do ataque, imagens de satélite já indicavam movimentações em Fordow, incluindo túneis de entrada preenchidos com terra e caminhões estacionados ao redor da instalação – possivelmente como parte de um esforço de contenção ou evacuação.

Fontes iranianas afirmaram à agência de notícias Reuters que o material nuclear havia sido removido antes da ofensiva. O porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã, Behrouz Kamalvandi, e Mohsen Rezaei, ex-comandante da Guarda Revolucionária, disseram que o país antecipou os ataques e retirou o urânio e os equipamentos sensíveis dos locais que foram alvos dos bombardeios americanos.

Segundo uma autoridade do Irã, o número de trabalhadores na usina de Fordow também foi reduzido ao mínimo antes do bombardeio.

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Ainda antes da operação militar, o Irã havia comunicado a existência de uma nova instalação de enriquecimento, em um terceiro local não especificado. A revelação amplia o mistério sobre a real extensão do programa nuclear iraniano e dificulta os esforços de monitoramento internacional.

A pesquisadora sênior do Royal United Services Institute (RUSI), Darya Dolzikova, especializada em não proliferação nuclear, alertou que "ainda há dúvidas sobre onde o Irã pode estar armazenando seus estoques já enriquecidos... já que estes certamente foram movidos para locais protegidos e não divulgados, longe de potenciais ataques israelenses ou norte-americanos".

*com informações da Associated Press

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