EUA negam plano de derrubar regime iraniano após bombardeios em instalações nucleares
Pentágono disse que ataques visaram alvos estratégicos e não o governo do Irã; operação envolveu mais de 125 aeronaves e 75 armas de precisão
Emanuelle Menezes
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou à imprensa neste domingo (22) que os ataques a três instalações nucleares no Irã não tinham como objetivo promover uma mudança de regime no país.
"Esta missão não foi e não é sobre mudança de regime", declarou Hegseth em entrevista após a ofensiva, que atingiu alvos estratégicos nas cidades de Fordow, Natanz e Isfahan.
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A operação, batizada de "Martelo da Meia-Noite", foi uma das mais complexas já realizadas pelos EUA, disse o Pentágono. De acordo com o general da Força Aérea Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, os Estados Unidos utilizaram 75 armas de precisão no ataque, e mais de 125 aeronaves militares participaram da ação – incluindo bombardeiros B-2, marcando a maior operação do tipo com esse modelo na história americana.
Caine destacou ainda que os sistemas de defesa terra-ar do Irã não detectaram a ofensiva, o que garantiu o elemento surpresa durante toda a operação. "As análises iniciais indicam que todos os três locais sofreram danos e destruição extremos", afirmou o general.
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Apesar da magnitude do ataque, o Pentágono reforçou que os Estados Unidos "não buscam a guerra". Segundo Hegseth, os alvos não incluíam tropas iranianas nem civis, em uma tentativa de evitar retaliações diretas contra interesses americanos na região.
O episódio eleva a tensão entre Washington e Teerã, mas autoridades americanas insistem que a ação foi limitada e com foco específico em desativar ameaças nucleares – e não em interferir diretamente na liderança política iraniana.
*com informações da Associated Press