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Novos ataques israelenses deixam mais de 70 mortos na Faixa de Gaza

Centro do enclave palestino foi a região mais atingida pelos bombardeios; civis continuam sem acesso a ajuda humanitária

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Israel lançou novos bombardeios aéreos na Faixa de Gaza | Reprodução
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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram uma nova onda de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. Os bombardeios atingiram várias partes do enclave palestino, deixando, segundo a Wafa, pelo menos 77 mortos e 270 feridos.

O centro de Gaza foi a região mais atingida. Em Al Bureij, 11 pessoas, incluindo crianças, morreram quando mísseis explodiram edifícios residenciais. Os bombardeios também atingiram alvos civis em Jabalia, no norte do enclave, e outras áreas no sul, como Khan Yunis.

O exército israelense não comentou sobre as operações. Em declarações anteriores, afirmou que continua atacando estruturas administradas pelo grupo Hamas, como armazéns de armas. “Essa organização terrorista explora cruelmente as instituições civis e a população como escudos humanos para atos terroristas”, justificou a IDF pelas mortes.

Além do aumento das hostilidades, Israel continua proibindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O objetivo é pressionar ainda mais o Hamas a libertar os 59 reféns restantes – capturados no ataque de 7 de outubro de 2023. A ação, contudo, é duramente criticada por governos e organizações internacionais, que acusam Israel de violar o direito internacional.

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“Sim, os reféns devem ser liberados imediatamente, mas a lei internacional é inequívoca: como potência ocupante, Israel deve permitir a entrada de apoio humanitário. A ajuda e as vidas civis que ela salva nunca devem ser uma moeda de troca. Bloquear a ajuda deixa os civis famintos e sem suporte médico básico. Isso inflige um castigo coletivo cruel. Bloquear ajuda mata”, disse o subsecretário-geral das Nações Unidas de Ajuda Humanitária, Tom Fletcher.

Negociações de cessar-fogo

Países mediadores, como Estados Unidos e Egito, seguem tentando acordar uma nova proposta de cessar-fogo em Gaza. Israel e Hamas chegaram a cumprir uma trégua no início do ano, que durou cerca de 60 dias, mas suspenderam o acordo após impasse no diálogo.

Isso porque o cessar-fogo era composto por três fases, sendo as duas primeiras compostas pela troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, e a terceira pela retirada total das tropas de Tel Aviv de Gaza. Israel, no entanto, sugeriu estender a primeira fase do acordo – visando a libertação de mais reféns –, o que foi rejeitado pelo Hamas, provocando a retomada das hostilidades.

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