Nova Delhi proíbe construções e entrada de caminhões não essenciais após aumento de poluição no ar
Capital indiana amanheceu sob fumaça espessa e tóxica; aulas já havia sido suspensas
Camila Stucaluc
A cidade de Nova Delhi, na Índia, suspendeu temporariamente as construções e proibiu a entrada de caminhões não essenciais no município devido à piora da qualidade do ar. As medidas foram anunciadas na manhã desta segunda-feira (18), após a população acordar em meio a uma fumaça espessa e tóxica de poluição.
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Segundo a plataforma suíça IQAir, que monitora a qualidade do ar, o nível de poluentes PM2.5 em Nova Delhi estão 50 vezes acima do limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, a qualidade do ar foi classificada como “perigosa”. Nos próximos dias, o cenário é listado como “insalubre para grupos sensíveis”.
Na última semana, as autoridades de Nova Delhi já haviam suspendido as aulas presenciais nas escolas primárias devido à poluição do ar. Com a piora do cenário, a medida foi ampliada para todos os anos escolares. Atishi Marlena, ministra-chefe de Delhi, afirmou que os alunos deverão seguir os estudos com aulas online até segunda ordem.
“Todo o norte da Índia foi mergulhado em uma emergência médica, pois a queima de restolho continua sem controle em todo o país. Todas as cidades do país estão sofrendo com níveis severos de poluição”, disse Atishi.
Nova Delhi é considerada a cidade mais poluída do mundo. O cenário é atribuído, sobretudo, à queima dos chamados restolhos – folhas e caules – de cereais por agricultores, bem como à queima de combustíveis fósseis por fábricas e carros. Temperaturas mais baixas e pouco vento pioram a qualidade do ar.
O cenário, conforme relatado pela IQAir, pode resultar em problemas de saúde de curto prazo, como falta de ar, tosse intensa, irritação no nariz e nos olhos. Também há possibilidade de condições mais graves de longo prazo, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), danos em órgãos – fígado e rins –, e câncer.
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“Mesmo as pessoas mais saudáveis podem sofrer danos físicos significativos por serem expostas a níveis perigosos de PM2.5 É lógico que existem aqueles que estão ainda mais em risco. Eles incluem grupos como crianças pequenas, idosos, grávidas e pessoas com condições de saúde preexistentes ou sistema imunológico comprometido, juntamente com indivíduos com predisposição à sensibilidade química”, explicou a IQAir.
