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No Conselho de Segurança, Israel compara regime iraniano à Alemanha nazista e Irã fala em autodefesa

Segundo o Secretário-geral das Nações Unidas, é "vital" evitar ações que possam levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio

No Conselho de Segurança, Israel compara regime iraniano à Alemanha nazista e Irã fala em autodefesa
Conselho de Segurança Israel compara Irã nazismo
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Em discurso na reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), neste domingo (14), o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que o objetivo do Irã "tem sido e continua a ser a dominação mundial, exportando a sua revolução radical [xiita] para todo o mundo".

+ Grupo Parlamentar Brasil-Israel repudia ataque do Irã e expressa solidariedade a israelenses

Além disso, falou que o regime islâmico do país "não é diferente do Terceiro Reich", a Alemanha nazista, e que o líder supremo do Irã, aitolá Ali Khamenei, "não é diferente de Adolf Hitler".

Erdan ressaltou que desde que começou seu mandato como embaixador de Israel na ONU, em todos os discursos e em várias cartas, tocou "o sino de alerta em relação ao Irã". "Apelei a este conselho para que tomasse medidas concretas contra o regime do aiatolá".

Ele prosseguiu: "Deixei claro que o Irã e as suas ambições hegemônicas de dominação global devem ser travados antes que leve o mundo a um ponto sem retorno, a uma guerra regional que pode evoluir para uma guerra mundial".

Segundo o embaixador, no sábado, com o ataque do Irã a Israel, "o mundo testemunhou uma escalada sem precedentes que serve como a prova mais clara do que acontece quando os avisos não são atendidos".

As informações sobre o discurso de Erdan são do canal catariano Al Jazeera. A reunião de emergência neste domingo (14) foi feita a pedido da Israel, por causa do ataque no sábado.

Discurso do Irã

O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, por sua vez, reforçou em seu discurso que o ataque iraniano foi uma resposta ao ataque israelense contra o consulado do Irã em Damasco, na Síria, na última semana, e que a operação de ontem baseou-se inteiramente no exercício do direito inerente do país à autodefesa.

"Esta ação concluída foi necessária e proporcional. Foi preciso e direcionado apenas para objetivos militares, e foi executado cuidadosamente para minimizar o potencial de escalada e prevenir danos civis".

Ele agradeceu os integrantes do Conselho de Segurança que condenaram o ataque de Israel contra as instalações diplomáticas iranianas na Síria.

"Lamentavelmente, nesta Câmara, alguns membros do Conselho, incluindo os EUA, o Reino Unido e a França, optaram mais uma vez por fechar os olhos à realidade e ignorar as causas profundas que contribuem para a situação atual", criticou.

"Num comportamento hipócrita, estes três países culparam e acusaram falsamente o Irã, sem considerarem as suas próprias falhas em cumprir os seus compromissos internacionais com a paz e a segurança na região".

Secretário-geral das Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, na abertura da reunião de emergência, que "é vital evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio". Agora, segundo ele, "é momento de máxima contenção".

Guterres pontuou que a comunidade internacional tem "uma responsabilidade partilhada de trabalhar pela paz". "A paz e a segurança regionais, e na verdade globais, estão sendo minadas a cada hora. Nem a região nem o mundo podem permitir-se mais guerra".

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