Netanyahu rejeita pedidos de moderação: "Israel decidirá como responder ao ataque do Irã"
Países temem que retaliação resulte em uma escalada de violência no Oriente Médio
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou os pedidos de moderação de aliados e afirmou que Israel será o único a decidir como responder ao ataque do Irã. A declaração do premiê foi dada na quarta-feira (17), após reunião com os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, e da Alemanha, Annalena Baerbock.
“Quero ser claro: nós mesmos tomaremos nossas decisões. O Estado de Israel fará o que for necessário para se defender, apesar das sugestões", frisou Netanyahu.
O ataque iraniano, feito no último sábado (13), ocorreu em resposta ao bombardeio israelense que atingiu o prédio consular iraniano na capital síria, Damasco, matando dois generais iranianos, no início de abril. Essa foi a primeira vez que o Irã lançou um ataque militar direto contra Israel, apesar de décadas de inimizade entre os governos.
Ao todo, foram lançados mais de 300 mísseis e drones contra Israel. A grande maioria dos lançamentos (99%) não conseguiu atingir os alvos ou foi derrubada pela defesa aérea de Israel, auxiliada por parceiros, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e França.
A tensão entre os países vem sendo motivo de preocupação na comunidade internacional, sendo debatida, inclusive, em conselhos internacionais e blocos econômicos. Os países temem uma escalada de violência no Oriente Médio, uma vez que o Irã já prometeu uma “resposta mais forte” caso Israel resolva retaliar o país em resposta ao ataque.
Apesar dos pedidos de aliados, Israel afirma que está disposto a agir. O chefe militar de Israel, Herzi Halevi, disse que o país deve atacar o Irã nos próximos dias, o que provocou tensão na Organização das Nações Unidas (ONU).
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“É vital evitar qualquer ação que possa conduzir a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Médio Oriente. Os civis já estão arcando com o peso e pagando o preço mais alto. Temos que envolver ativamente todas as partes envolvidas para evitar uma nova escalada. “É hora de recuar do abismo”, disse o chefe da ONU, António Guterres.