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Na Argentina, torcidas organizadas e manifestantes enfrentam repressão policial em protesto

Segundo o jornal Clarín, pelos menos 31 pessoas foram presas e centenas ficaram feridas; manifestantes são contra a reforma da previdência

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Confronto Argentina - Reprodução/Redes
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Membros de torcidas organizadas, aposentados e militantes argentinos entraram em confronto violento com a tropa de choque da polícia em Buenos Aires, na tarde desta quarta-feira (12). O embate ocorreu nas proximidades do Congresso Nacional, durante uma manifestação contra a reforma da previdência do governo Javier Milei.

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De acordo com o jornal Clarín, as primeiras informações apontam que 31 pessoas foram presas e centenas ficaram feridas.

Imagens registraram participantes atirando objetos contra as forças de segurança, que responderam com jatos d’água e gás lacrimogêneo. Veículos, incluindo uma viatura da polícia, foram incendiados.

A manifestação começou com aposentados que reivindicam reajustes nas pensões e alegam ter perdido o poder de compra devido à inflação e às recentes medidas econômicas de Milei.

Em apoio, torcedores organizados — conhecidos na Argentina como Barras — participaram em peso da manifestação. Segundo o jornal La Nación, integrantes de torcidas de pelo menos 30 clubes estiveram presentes.

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Poucos minutos após o início do protesto, a tensão aumentou quando a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou no X (antigo Twitter) que as forças argentinas mantinham o controle e garantiam a circulação nas ruas. Após a declaração, torcedores organizados e militantes reagiram, avançando em direção às forças policiais, dando início ao confronto.

Apoio de torcedores

Os protestos dos aposentados na Argentina têm sido constantes e marcados por repressão policial. Recentemente, torcidas organizadas anunciaram apoio às manifestações, ampliando o conflito com o governo do presidente Javier Milei.

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Segundo o jornal La Nacion, o movimento começou após um telefonema de torcedores do Chacarita Juniors. Nos últimos dias, clubes como Boca Juniors, River Plate, Independiente, Racing, Estudiantes, Gimnasia y Esgrima La Plata, Argentinos Juniors, Tigre, Lanús, Ferro Carril Oeste, All Boys, entre outros, aderiram ao movimento. As mensagens, muitas vezes anônimas, traziam slogans como: "Estamos com os aposentados" e "Nós iremos à marcha".

Diante da crescente adesão, o Ministério da Segurança anunciou medidas rígidas contra os torcedores que participassem dos protestos. "Medidas rigorosas serão implementadas para garantir a ordem e a segurança públicas", declarou a pasta.

As autoridades alertaram que qualquer pessoa envolvida em atos ilícitos será identificada e detida. Além disso, quem for flagrado em condutas violentas terá a Restrição Administrativa de Comparecimento, ficando proibido de entrar em estádios de futebol em todo o país.

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