Tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio entram em vigor nos EUA
Medida afetará mercado brasileiro, considerado o segundo maior fornecedor dos produtos ao país

Camila Stucaluc
As tarifas de 25% dos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira (12). Segundo o vice-secretário de imprensa da Casa Branca, Kush Desai, todos os parceiros comerciais de Washington, sem exceções ou isenções, serão afetados pela taxação – incluindo Canadá e Brasil, principais fornecedores.
Em 2018, o presidente Donald Trump já havia anunciado taxas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio. Alguns países, contudo, receberam isenção, respeitando um esquema de cotas. A ideia era limitar o volume dos produtos importados e acelerar a indústria norte-americana, o que, na visão do republicano, não ocorreu.
"A nossa nação precisa que aço e alumínio sejam produzidos nos Estados Unidos, não em terras estrangeiras”, disse Trump. “Estou simplificando nossas tarifas sobre aço e alumínio. É 25% sem exceções ou isenções”, acrescentou.
O Brasil – até então isento das tarifas – é o segundo maior fornecedor de aço e ferro aos Estados Unidos. Dados do Departamento de Comércio norte-americano mostram que, em 2024, o Brasil forneceu 4,1 milhões de toneladas de aço para o país, ficando atrás apenas do Canadá, responsável por 6 milhões de toneladas ao mercado norte-americano.
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O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre o tema. Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a afirmar que haveria "reciprocidade" caso os Estados Unidos resolvessem taxas os produtos nacionais. A resposta, no entanto, deve ser debatida com o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.