Mundo

Museu do Louvre: Relatório vazado à imprensa alertava para falhas de segurança

Criminosos invadiram o local no final de semana e roubaram nove objetos de alto valor; segundo ministro da França, prejuízo é 'inestimável'

• Atualizado em
Publicidade

Um relatório preliminar do Tribunal de Contas da França já alertava para falhas na segurança do Museu do Louvre, que foi palco de um roubo, no domingo (19). O documento completo deverá ser publicado no início de novembro, segundo a rádio Franceinfo, mas veículos franceses tiveram acesso parcial ao conteúdo.

O relatório aponta "atrasos consideráveis e persistentes" na modernização das medidas de segurança. De acordo com o documento, 30% da ala Denon, onde está Monalisa e onde aconteceu o roubo não têm câmeras de segurança. Esse percentual é ainda maior em outras alas do museu.

+Assalto ao Louvre durou menos de 4 minutos, diz ministra da Cultura

Na ala Sully, onde estão algumas das obras mais antigas do Louvre, incluindo a Vênus de Milo, 40% das salas não contam com câmeras. Na ala Richelieu, esse percentual é de cerca de 75%.

Em cinco anos, apenas 138 câmeras adicionais foram instaladas no Louvre. Segundo o relatório, apesar do orçamento operacional anual de 323 milhões de euros (R$ 2 bilhões) do museu, "os valores comprometidos são pequenos em comparação com as necessidades estimadas".

+SBT Notícias: Museu do Louvre de Paris é fechado após roubo de joias históricas

Nos últimos 15 anos, o Louvre também perdeu 200 agentes de segurança. Ao mesmo tempo, o número de visitantes aumentou em 50% no mesmo período. Este fato foi um dos motivos de uma greve de funcionários do museu que ocorreu em junho deste ano.

Diante das críticas ao sistema de segurança do Louvre, a presidente da instituição, Laurence des Cars, afirmou que o projeto Louvre Nouvelle Renaissance, lançado em janeiro, prevê "um reforço da segurança." "Ele garantirá a preservação e a proteção do que constitui nossa memória e nossa cultura", disse.

O roubo

O roubo ao Louvre ocorreu na manhã de domingo (19), por volta das 9h30 (horário local, 14h30 em Brasília), 30 minutos depois de o museu abrir suas portas ao público. Quatro ladrões mascarados invadiram o prédio usando um caminhão com escada, quebraram uma janela do andar superior e entraram na Galeria de Apollo, área no primeiro andar que abriga parte das joias da coroa francesa.

Segundo a promotora de Paris, Laure Beccuau, o assalto durou poucos minutos e foi realizado por pessoas desarmadas, mas que ameaçaram os guardas com esmerilhadeiras. Nove objetos foram alvos dos criminosos; oito foram roubados, e o nono, a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, caiu durante a fuga, quando os assaltantes deixaram o local em motocicletas. De acordo com o ministro do Interior da França, Laurent Nuñez. prejuízo é "inestimável".

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade