Mohammed Al-Fayed é acusado de estupro por dezenas de mulheres um ano após sua morte
Advogados alegam que crimes ocorreram durante os 25 anos em que o bilionário foi dono da loja Harrods, em Londres
Mohammed Al-Fayed, bilionário egípcio e ex-sogro da Princesa Diana, está no centro de denúncias de estupro e abuso sexual por dezenas de mulheres. As acusações surgiram um ano após sua morte, em 2023, aos 94 anos.
Al-Fayed era conhecido por seu estilo de vida extravagante, cercado por modelos e celebridades como Michael Jackson, e pelos luxuosos empreendimentos que comandava, como o hotel Ritz, em Paris, e a famosa loja de departamentos Harrods, em Londres.
Em 1997, ele também esteve no centro das atenções ao perder seu filho, Dodi Al-Fayed, que morreu em um acidente de carro ao lado de sua namorada, a Princesa Diana, em Paris.
Agora, um ano após sua morte, Al-Fayed está sendo descrito de uma maneira muito diferente. Advogados que representam as supostas vítimas o chamam de "um monstro", alegando que ele cometeu diversos crimes, incluindo estupro, tentativa de estupro, assédio sexual e abuso de menores, enquanto era dono da Harrods.
Segundo os advogados, a maior parte dos crimes teria ocorrido durante os 25 anos em que Al-Fayed controlou a Harrods, local onde muitas das vítimas trabalhavam. Eles também acusam a administração da loja de ter conhecimento sobre as acusações, tanto antes quanto depois da venda do empreendimento em 2010, e de agir para encobrir os crimes e intimidar as vítimas.
Uma ex-empregada da Harrods relatou ter sido submetida a exames médicos invasivos, incluindo testes para doenças sexualmente transmissíveis e verificação de sua virgindade, sem sua permissão. Ela também afirmou que foi ameaçada pelo próprio Al-Fayed caso decidisse denunciar os abusos.
Os novos proprietários da Harrods expressaram choque com as revelações e prometeram colaborar com as investigações, buscando esclarecer os crimes que supostamente ocorreram dentro da loja.