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Militares israelenses assinam carta pedindo fim da guerra na Faixa de Gaza

Texto aponta que conflito se tornou político e pode levar à morte de mais reféns, soldados e civis

Imagem da noticia Militares israelenses assinam carta pedindo fim da guerra na Faixa de Gaza
Exército israelense em operação na Faixa de Gaza | Divulgação/Forças de Defesa de Israel
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Reservistas e militares ativos das Forças de Defesa de Israel (IDF) estão preparando uma carta aberta para pedir o fim da guerra na Faixa de Gaza. No texto, que já reúne mais de 1,2 mil assinaturas, o grupo afirma que o conflito tomou viés político, o que não cabe aos interesses de segurança nacional e, portanto, é imoral.

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"Nós, antigos e atuais oficiais das FDI, exigimos que o governo e o chefe do Estado-Maior parem a guerra política em Gaza e [resgatem] imediatamente todos os reféns. Continuar a guerra vai contra a vontade da esmagadora maioria do público, resultará na morte de reféns, soldados das FDI e civis inocentes, e pode até levar à prática de crimes de guerra”, diz a carta, citada pelo Haaretz.

Em outro trecho do documento, os militares apontam que o conflito visa “preparar a ocupação de Gaza para implementar a visão messiânica de uma pequena minoria na sociedade israelense".

Uma ação semelhante foi feita por milhares de acadêmicos israelenses, que, em carta, pediram aos chefes das instituições de ensino que auxiliem nos esforços para suspender a ofensiva em Gaza. Identificados como Grupo de Ação da Bandeira Negra, os estudiosos reforçam o número crescente de mortos por “fogo israelense” e os avisos de que o país esteja usando a fome como arma de guerra.

"Como acadêmicos, reconhecemos nosso próprio papel nesses crimes. São as sociedades humanas, não apenas os governos, que cometem crimes contra a humanidade. Ficamos em silêncio por muito tempo. Pelo bem da vida dos inocentes e da segurança de todas as pessoas desta terra. Se não pedirmos para interromper a guerra imediatamente, a história não nos perdoará”, diz o texto.

Ofensiva em Gaza

Israel rompeu o acordo de cessar-fogo com o Hamas em março. Desde então, as tropas intensificaram a ofensiva em Gaza com ataques massivos, que provocam dezenas de mortes por dia. Enquanto isso, as negociações seguem congeladas, já que, ao mesmo tempo que o Hamas exige um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas, Israel pede a liberdade imediata de todos os reféns.

Em meados de maio, o Hamas libertou o refém israelense-americano Edan Alexander, visando mostrar sua "boa vontade" em retomar as negociações de cessar-fogo com Israel. A ação foi aceita pelo governo israelense, que, no entanto, afirmou que a proposta de trégua será debatida “sob fogo”.

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“As negociações serão realizadas sob fogo, com base no compromisso de atingir todos os objetivos da guerra. Continuaremos a agir implacavelmente até que todos eles [reféns] retornem para casa, em Israel. As negociações continuarão sob pressão, durante os preparativos para a intensificação dos combates”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em comunicado.

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