Michelle Obama seria um “contraste” a Trump, diz especialista sobre eleições nos EUA
Segundo pesquisa Reuters/Ipsos, ex-primeira-dama é única opção democrata que venceria o ex-presidente; teria 50% dos votos frente 39% do republicano
Segundo pesquisa Reuters/Ipsos, divulgada na terça (2), a ex-primeira-dama Michelle Obama é a única opção democrata que venceria o ex-presidente Donald Trump (Republicano) nas eleições norte-americanas. A esposa de Barack (Democrata) teria 50% dos votos frente os 39% do republicano. Na análise do mestre em Relações Internacionais Uriã Fancelli, ao Brasil Agora do SBT News, Obama se destaca por “contraste”.
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Na visão do estudioso, enquanto ele pode representar uma visão mais machista e branca da política, Michelle é uma mulher negra, trazendo alguns “elementos do que foi lá atrás” - em referência aos anos de mandato do marido. Sendo ela uma figura, no geral, bem vista pela sociedade, o nome de Michelle Obama atrairia aquele eleitorado que possui “aversão” ao discurso trumpista.
A discussão sobre a possibilidade de Joe Biden não concorrer à reeleição em 2024 se intensificou após o debate de quinta (27). O primeiro debate eleitoral do pleito atual foi marcado por tom agressivo e troca de ofensas entre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos. No sábado (9), alguns dos principais jornais e revistas dos Estados Unidos publicaram editoriais pedindo que o presidente e candidato à reeleição desista.
Quando questionado pelo jornalista e apresentador Murilo Fagundes o palpite Kamala Harris, a atual vice-presidente dos Estados Unidos na chapa de Joe Biden, Uriã ponderou que apesar da ideia de “continuidade natural para sua presidência”, Harris não tem uma popularidade tão expressiva (ao ponto de destaque acima de outras especulações). O que pode ser observado quando alinhados todos os nomes especulados ao diretório dos Democratas: eles não ficam tão atrás de Trump, igualmente.
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Sobre nomes confabulados estarem receosos de fazer qualquer movimento, em respeito à Biden: “Em um primeiro momento, por parte dos possíveis outros candidatos das alternativas, eu acredito que sim [...] pareceria bastante oportunista [tomarem para si o lugar de candidato do partido], o mais nobre seria a pessoa ser apontada”, observa Fancelli.
Entretanto, o internacionalista também conta de um “efeito dominó”, onde políticos democratas estão ficando cada vez mais apreensivos com a situação. Como “o deputado democrata Lloyd Doggett, do Texas, que pediu publicamente para o Biden se retirar. Ele citou o risco de vitória do Trump”.
Pesquisa Reuters/Ipsos
De acordo com a pesquisa, se as eleições fossem hoje, Biden e Trump estariam empatados, ambos com 40% dos votos. A atual vice-presidente Kamala Harris teria 42% em um confronto direto contra Trump, que obteria 43%. Já o governador da Califórnia, Gavin Newsom, seria o terceiro democrata com maior percentual de votos contra o republicano, mas ainda perderia a disputa, com Trump somando 42% dos votos.
A pesquisa foi realizada pela Ipsos de 1º a 2 de julho de 2024. Foram feitas 1.070 entrevistas. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3,2 p.p (pontos percentuais) para a população em geral.