Mianmar declara 7 dias de luto após número de mortos em terremoto passar de 1.700
Abalo também deixou mais de 3 mil feridos no país; equipes seguem trabalhando para encontrar desaparecidos

Camila Stucaluc
Subiu para mais de 1.700 o número de mortos em decorrência do terremoto que atingiu Mianmar na última sexta-feira (28). O dado foi atualizada na manhã desta segunda-feira (31) pela junta militar que governa o país, que declarou uma semana de luto nacional pelas vítimas do abalo.
Além dos mortos, outras 3.400 pessoas ficaram feridas em decorrência do terremoto. À imprensa local, o líder de Mianmar, general Min Aung Hlaing, disse que cerca de 300 moradores seguem desaparecidos – número significativamente superior aos 139 relatados dois dias atrás. Equipes de resgate seguem procurando pelas vítimas, sobretudo nos escombros de edifícios.
Na última semana, Min Aung Hlaing, que se tornou líder depois de um golpe de Estado, fez um raro pronunciamento à comunidade internacional para pedir ajuda na resposta aos danos do terremoto. A solicitação foi atendida pelos Estados Unidos, China, Índia, Malásia, Cingapura e União Europeia, que já começaram a enviar equipes de apoio e pacotes financeiros de ajuda humanitária.
O retorno da comunidade internacional tranquilizou organizações internacionais que trabalham no país. Isso porque as entidades temiam que a solicitação fosse rejeitada, já que Min Aung Hlaing é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade. Sem a ajuda externa, os grupos afirmaram que não conseguiriam acelerar os trabalhos no país.
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Além de Mianmar, o terremoto foi sentido em Bangkok, na vizinha Tailândia. De acordo com o ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai, pelo menos 19 pessoas morreram na capital tailandesa, enquanto outras cerca de 100 seguem desaparecidas. Assim como em Mianmar, os trabalhos de resgate continuam, sobretudo nos escombros de prédios desmoronados.