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Macron pede que acordo entre Mercosul e União Europeia não seja assinado

Ação foi um aceno aos agricultores franceses, que são contra proposta

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emmanuel macron
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O presidente da França, Emmanuel Macron, voltou a criticar, nesta terça-feira (30), as negociações comerciais entre Mercosul e União Europeia (UE). O líder francês cobrou mais clareza nas tratativas e pediu que o acordo não seja assinado nas condições atuais. A ação foi um aceno aos agricultores franceses — que são contra o acordo e, pelo segundo dia consecutivo, bloquearam estradas nos arredores da capital, Paris.

Barricadas foram montadas ao longo das principais rodovias francesas. O "cerco a Paris'' mobilizou agricultores de norte a sul do país. Eles pressionam o governo a acelerar a aprovação de medidas em prol da categoria, como redução de custos, regulação ambiental mais flexível, simplificação burocrática e proteção contra a concorrência internacional.

O movimento vem se intensificando desde a metade de janeiro. Também nesta terça-feira, algumas estradas tiveram até cem quilômetros de engarrafamento.

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Em visita à Suécia, Macron disse que a UE deve agir para proteger os trabalhadores rurais contra importações agrícolas baratas. O líder francês ainda cobrou regras mais bem definidas em torno dos produtos vindos da Ucrânia, bem como clareza nas negociações com o Mercosul. Ele também pediu que o acordo com o bloco sul-americano, que está atualmente sobre a mesa, não seja assinado.

Desde 2019 a União Europeia e o Mercosul contam com um acordo básico para o livre comércio. No entanto, o projeto nunca foi implementado. Entre os países dos dois blocos, a França é quem tem maior resistência. Os franceses, por sua vez, são a terceira maior potência agrícola da Europa e temem que a concorrência vinda de fora possa devastar o setor.

O recém-empossado primeiro-ministro francês Gabriel Attal prometeu ações concretas. O premiê disse que, até 15 de março, a ajuda financeira do governo vai chegar aos agricultores. Ele também garantiu que manterá conversas com a UE para suspender algumas regras de proteção ambiental consideradas rígidas demais pelos manifestantes.

Protestos de agricultores também aconteceram na Bélgica. Na França, as manifestações devem seguir, pelo menos, até quinta-feira (1), quando o Conselho Europeu se reúne, em Bruxelas, para discutir o assunto.

O principal temor é que a paralisação siga se fortalecendo e bloqueie o mercado internacional da região de Rungis, fundamental para o abastecimento de produtos agrícolas em Paris, além de ser o maior mercado atacadista de produtos frescos do continente.

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