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Economia

Justiça de Hong Kong decreta falência da Evergrande, 2ª maior imobiliária da China

Incorporadora tem a maior dívida do setor, avaliada em R$ 1,47 trilhão (US$ 300 bilhões)

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Segunda maior imobiliária da China, Evergrande tem mais de US$ 300 bilhões em dívidas | Wikimedia Commons
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Após 18 meses de audiências, justiça de Hong Kong decretou na segunda-feira (29) a falência da empresa de construção civil chinesa Evergrande. A empresa tem a maior dívida do setor imobiliário do mundo.

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A incorporadora, 2ª maior empresa do setor na China, tem R$ 1,47 trilhão (US$ 300 bilhões) em dívidas.

A juiza Linda Chan fez a escolha devido a empresa não ter oferecido um plano de reestruturação eficiente, após o calote em 2021.

O decreto da falência ocorre durante uma ação jurídica movida por alguns credores estrangeiros da incorporadora chinesa.

A Evergrande enfrentou um endividamento descontrolado, tornando-se a maior do setor, e com juros sobre a capacidade de pagamento da empresa.

"É hora de o tribunal dizer basta", sentenciou a juíza Chan, no tribunal de Hong Kong.

Após a publicação da decisão judicial, as ações da empresa caíram 21% na bolsa de valores chinesa. Desde o ano passado, a empresa fundada em 1996 teve perda de valor de mercado de 90%.

Uma das causas do endividamento foi devido a Evergrande ter comprometido demais o caixa, combinado pela crise provocada pela pandemia em 2021, o que atrapalhou o faturamento previsto pela empresa.

O fundador da Evergrande, Hui Ka Yan está sob vigilância policial desde setembro de 2023.

Até o momento da falência decretada, a Evergrande tentava um plano de reestruturação de dívida de US$ 23 bilhões com um grupo de credores.

A Evergrande possui mais de 1.300 edifícios em 280 cidades na China, o time de futebol Guangzhou FC, uma subsidiária no mercado de veículos elétricos e um parque de diversões.

Com a decisão judicial, começa a liquidação dos ativos da Evergrande no exterior e a troca da sua diretoria. O executio da empresa em Hong Kong, Shawn Siu, disse que a decisão é "lamentável" e que as casas projetadas serão entregues.

Apesar disso, a empresa declarou que vai continuar em operação, porque a maioria das dívidas da imobiliária são de depósitos pagos por cidadãos chineses, para compra de apartamentos recém-construídos.

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