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Lula diz que Israel transformou direito de defesa em vingança e Sánchez critica ataques em Gaza

Presidentes de Brasil e Espanha realizaram declaração conjunta à imprensa após reunião no Palácio do Planalto

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Lula e Pedro sanchez dão declaração conjunta sobre israel
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, deram uma declaração à imprensa logo após se reunirem ao longo da manhã desta quarta-feira (6) no Palácio do Planalto. Os líderes ressaltaram a relação bilateral dos dois países e citaram assuntos sensíveis na política global, como as guerras entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza e entre Rússia e Ucrânia, que segue acontecendo no Leste Europeu. 


 

Lula reforçou a necessidade da criação de um Estado Palestino e voltou a definir a invasão de Israel em Gaza como "genocídio".

+ Lula e presidente da Espanha se reúnem no Planalto para conversa sobre guerras e relações comerciais

“O direito de defesa transformado em defesa de vingança constitui na prática uma omissão coletiva que mata indiscriminadamente mulheres e crianças. É preciso criar um Estado Palestino reconhecido como membro pleno da ONU (Nações Unidas), como um estado economicamente viável e que possa conviver pacificamente com Israel”, disse o presidente da República, que ainda lembrou que o governo brasileiro também condenou e definiu os ataques do Hamas como terroristas.

Pedro Sánchez também defendeu a criação de um Estado Palestino e disse que as ações de Israel vem extrapolando o direito de defesa. O espanhol citou o Hamas como um grupo terrorista, enquanto o governo brasileiro define o ato do Hamas em 7 de outubro de 2023 como terrorista.

+ Lula agradece por aprovações no ano passado em encontro com líderes do Senado e Pacheco

“Israel tinha o direito de se defender de um ataque terrorista que nós condenamos e cobramos a urgente libertação dos reféns que continuam sendo mantidos pelo grupo terrorista Hamas [...], mas penso que depois de 30 mil mortes e uma devastação que está deixando a Faixa de Gaza numa situação que vai exigir décadas para reconstrução e voltar aos níveis de crescimento econômico e de bem-estar anteriores ao ataques. Os níveis que por si só eram paupérrimos, depois de 30 mil mortes, temos dúvidas razoáveis se Israel está cumprindo o direito internacional humanitário”, disse Pedro Sánchez.

Antes da declaração conjunta, os líderes realizaram a assinatura de uma série de atos de cooperação e parceria entre órgãos e entidades brasileiros e espanhóis com a participação de autoridades dos dois países.

Atos assinados:

Entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil e o Ministério de Economia, Comércio e Empresa do Reino da Espanha - Hispasat S.A. e Telebrás;

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência, Inovação e Universidades do Reino da Espanha sobre cooperação em matéria de Ciência, Tecnologia e Inovação;

Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e do Instituto Nacional de Administração Pública do Reino da Espanha (Inap), destinado à Formação e Aperfeiçoamento de Pessoas no mbito da Escola Virtual de Governo;

Entendimento entre o Instituto de Saúde Carlos III - Reino da Espanha e a Fundação Oswaldo Cruz- República Federativa do Brasil.

Parceria Brasil e Espanha

Há um expressivo volume de investimentos espanhóis no Brasil: pelo critério de controlador final, a Espanha consolidou-se como o segundo maior investidor no país, com presença nos setores energético, bancário, de telecomunicações, de seguros, entre outros. O estoque total de investimentos é estimado em US$ 59 bilhões, com fluxo anual de cerca de US$ 3,3 bilhões nos últimos anos.

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