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Justiça dos EUA decide que Google agiu ilegalmente para manter monopólio em publicidade online

Decisão entende que a big tech violou a lei por conta do domínio sobre o sistema tecnológico que exibe anúncios publicitários; empresa vai recorrer

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Google | Pexels
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A justiça federal dos Estados Unidos decidiu que o Google agiu de forma ilegal para manter o monopólio em tecnologias de publicidade online, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times. A Big tech afirma que vai recorrer da decisão.

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A decisão, divulgada nesta quinta-feira (17), foi tomada pela juíza Leonie Brinkema, do Tribunal Distrital do Leste da Virgínia, e revela que a empresa violou a lei ao consolidar seu domínio sobre o sistema tecnológico que exibe anúncios em sites da web.

A ação foi movida pelo Departamento de Justiça dos EUA, em parceria com vários estados, sob a alegação de que o Google explorou seu monopólio para cobrar valores mais altos e reter uma parcela maior das receitas publicitárias.

O centro da disputa é o Google Ad Manager, ferramenta usada pela empresa para gerenciar anúncios em sites de terceiros. Esses sites recebem uma porcentagem do valor arrecadado pelo Google, e muitos deles dependem dessa renda para se manter.

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A juíza afirmou que a conduta da empresa prejudicou concorrentes, sites de notícias e, principalmente, os consumidores de conteúdo na internet aberta.

O governo acusa o Google de dominar três áreas centrais do mercado de publicidade digital. São elas:

  • as ferramentas utilizadas por sites para oferecer espaços publicitários;
  • os sistemas usados por anunciantes para adquirir esses espaços;
  • e o software responsável por intermediar essas transações.

O Departamento de Justiça solicitou, de forma preventiva, que o Google seja obrigado a vender parte do seu negócio de publicidade online. Agora, o governo analisa quais medidas tomará após a decisão judicial.

O que diz o Google

O Google afirma que a acusação se baseia em uma visão ultrapassada da internet, desconsiderando o atual cenário com anúncios também em mecanismos de busca, aplicativos e redes sociais. A empresa, que vai recorrer da decisão, sustenta que se destacou no mercado por oferecer uma tecnologia superior.

“Vencemos metade deste caso e vamos recorrer da outra metade”, disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google. Segundo ela, os editores têm diversas opções e escolhem o Google por conta da simplicidade, acessibilidade e eficiência de suas ferramentas.

Outro processo em andamento

A decisão desta quinta-feira (17) acontece em meio a outros processos enfrentados pela big tech.

Em agosto de 2024, outro juiz federal acusa o Google também mantém um monopólio no setor de buscas online. Este caso, no entanto, ainda está em andamento.

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Esta ação foi aberta em 2020 pelo Departamento de Justiça dos EUA, que acusou a Alphabet, dona do Google, de ter criado enormes barreiras de entrada para concorrentes, como a Bing e a Microsoft.

As duas decisões, somadas, podem limitar o poder do Google e levar a uma profunda reestruturação do seu modelo de negócios.

Por isso, o Departamento de Justiça analisa a possibilidade de pedir o desmembramento da empresa.

Este segundo processo diz respeito à lei antitruste dos Estados Unidos. Ela é um conjunto de normas e regulamentos destinados a promover a concorrência justa no mercado e evitar práticas comerciais que possam prejudicar a competição.

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Sobre este segundo processo, ainda de acordo com o jornal The New York Times, o Kent Walker, presidente de assuntos globais do Google, disse que a empresa iria apelar da decisão.

Esta decisão reconhece que o Google oferece o melhor mecanismo de busca, mas conclui que não deveríamos ter permissão para torná-lo facilmente disponível”, disse.

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