Jornalista espanhola é hostilizada ao vivo por israelenses em Jerusalém: "Não querem que falemos de Gaza"
Almudena Ariza é correspondente da TVE, canal público da Espanha, e falava sobre a pressão por cessar-fogo quando foi interrompida pelos jovens; veja
Uma jornalista da TVE, rede estatal da Espanha, foi interrompida e impedida por jovens israelenses de continuar uma entrada ao vivo de Jerusalém nesta quarta-feira (10).
Correspondente renomada, Almudena Ariza, falava sobre a crescente pressão internacional por um cessar-fogo em Gaza quando um dos homens invade a filmagem e se coloca na frente da jornalista.
Nas imagens transmitidas, é possível ver a correspondente pedindo para ele sair. O homem, no entanto, fala algo em hebraico e permanece no lugar. Ariza tenta novamente, dessa vez em inglês, mas é ignorada. A transmissão, então, é encerrada pela emissora.
Segundo a jornalista, situações como essa são cada vez mais comuns. “Eles não querem que estejamos aqui e não querem que falemos de Gaza”, explicou a jornalista, que já foi correspondente em Pequim, Paris, Nova York e agora Jerusalém, um território ocupado e também alvo de disputa entre Israel e Palestina.
Imagens feitas após o encerramento da entrada ao vivo mostram que os assediadores continuaram hostilizando a repórter, com algum deles questionando se ela realmente não sabia o porquê daquilo.
O assédio foi denunciado à polícia pela jornalista. Em sua conta no X, antigo Twitter, Ariza relatou que, além de ter sido impedida de trabalhar, também foi alvo de ameaças.
"Eles nos impediram de nos apresentar ao vivo e ameaçaram “ligar para outras pessoas” e “fazer algo ruim conosco”. Infelizmente, esse assédio à imprensa é comum aqui", afirmou.