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Jogador palestino morre após ataque israelense na Faixa de Gaza

Muhannad Al-Laili estava em um campo de refugiados no centro da região quando foi atingido pelo bombardeio

Imagem da noticia Jogador palestino morre após ataque israelense na Faixa de Gaza
Muhannad Al-Laili atuava pelo Khadamat Al Maghazi, da Palestina | Divulgação/Associação Palestina de Futebol
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O jogador de futebol palestino Muhannad Al-Laili morreu, na quinta-feira (3), após um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pela Associação Palestina de Futebol.

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Segundo a entidade, o bombardeio israelense ocorreu na última segunda-feira (30), em um campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro de Gaza. A casa onde Muhannad se abrigava foi atingida, ferindo o jogador. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu após sofrer um grave sangramento no crânio.

Muhannad começou sua carreira no futebol no Khadamat Al-Maghazi, subindo nas categorias de base para levar a equipe principal à Premier League na temporada 2016/2017. Mais tarde, mudou para o Shabab Jabalia, onde conquistou o vice-campeonato na competição de 2018/2019.

Posteriormente, Muhannad se juntou ao Gaza Sports Club, mas uma lesão no ligamento cruzado o afastou dos gramados. Ele retornou ao campo, justamente, com o seu primeiro clube, Khadamat Al-Maghazi – onde atuava desde então.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, Muhannad tentava deixar a Faixa de Gaza para se juntar à sua esposa e filho recém-nascido, na Noruega. O bebê nasceu no exterior, enquanto a mulher do jogador cumpria uma viagem à trabalho no país.

“Com a morte de Muhannad, o número de mártires do movimento esportivo palestino desde 7 de outubro de 2023 subiu para 585, incluindo 265 mártires da família do futebol. O número de instalações esportivas destruídas pelas forças de ocupação chegou a 264, 184 das quais foram completamente destruídas”, disse a Associação Palestina de Futebol.

Aumento de mortes em Gaza

A morte do jogador acontece em meio à intensificação da ofensiva israelense em Gaza. Apenas nas últimas 24 horas, ataques aéreos e tiroteios mataram 94 pessoas, conforme o Ministério da Saúde local. Muitos dos óbitos aconteceram em acampamentos de refugiados, bem como em locais de distribuição de alimentos. Ao todo, 57 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra, a maioria mulheres e crianças.

Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel havia concordado com os termos de um cessar-fogo de 60 dias em Gaza. O Hamas, por sua vez, afirmou que estava avaliando a proposta com outros grupos palestinos e que dará uma resposta assim que as negociações forem concluídas.

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Segundo Trump, o acordo engloba a libertação dos reféns israelenses capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, em troca de prisioneiros palestinos detidos em Israel. O texto ainda exige o aumento de entrada de ajuda humanitária em Gaza e a retirada gradual das tropas israelenses de alguns regiões do enclave palestino. Por fim, as partes deveriam iniciar as negociações para um cessar-fogo permanente.

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