Janeiro quebra recorde e mundo registra mês mais quente pela 8ª vez consecutiva
Temperatura média global já está 1,52°C em comparação ao período pré-industrial
Camila Stucaluc
A Terra registrou o janeiro mais quente da história. Dados do observatório europeu Copernicus, divulgados nesta quinta-feira (8), mostram que o mês teve uma temperatura média superficial de 13,14°C, valor 0,70ºC acima do recorde anterior, em 2020. O número também está 1,52°C superior em comparação ao período pré-industrial (1850-1900).
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Este é o oitavo mês consecutivo com recorde de calor. Desde junho do ano passado, o planeta vem quebrando recordes de temperatura, sobretudo devido à influência do fenômeno meteorológico El Niño. Neste ano, os cientistas da Copernicus confirmaram que 2023 superou 2016, sendo classificado como o ano mais quente da história.
Em janeiro, a temperatura da superfície dos oceanos também ficou acima da média em grandes partes do mundo, resultando em novos recordes para o mês. Segundo os dados europeus, os termômetros atingiram média de 20,9°C, número 0,26°C acima do registrado em janeiro de 2016 - até então considerado o mais quente para os oceanos.
A divulgação do relatório confirma o avanço da crise climática no mundo, causada, sobretudo, pela emissão de gases de efeito estufa. No início do ano, cientistas da Copernicus afirmaram que a temperatura global iria ultrapassar, ainda este ano, o limite de 1,5ºC - em relação aos níveis pré-industriais -, estipulado pelo Acordo de Paris.
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O cenário é preocupante, uma vez que o aquecimento acima da meta pode provocar consequências extremas para o meio ambiente e a humanidade, como o aumento de queimadas e da transmissão de doenças por mosquitos. Outra consequência é o derretimento em maior velocidade e irreversível das geleiras, fazendo com que cidades costeiras, como o Rio de Janeiro, fiquem submersas.