Itamaraty "deplora" ataques israelenses com mais de 400 mortos na Faixa de Gaza
Ministério das Relações Exteriores classificou os ataques como uma "flagrante violação do Direito Internacional Humanitário"

SBT News
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta terça-feira (18) em que "deplora" os novos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Bombardeios colocaram fim à trégua de 60 dias na guerra e aconteceram durante a madrugada, deixando mais de 400 mortos, a maioria crianças e mulheres, além de centenas de feridos no enclave palestino.
Na nota, o Itamaraty afirma que ação de Israel em zonas de Gaza anteriormente designadas como seguras é "uma flagrante violação do Direito Internacional Humanitário", e assinalou a obrigação do país "como potência ocupante" que tome medidas necessárias para "proteger a população civil nos territórios ocupados".
+ Israel consultou os EUA antes de bombardear Gaza, diz Casa Branca à Fox News
O governo brasileiro também instou o país a suspender as restrições à entrada de ajuda humanitária em Gaza e a restabelecer o fornecimento de eletricidade no território.
+ Líderes mundiais condenam bombardeios israelenses em Gaza e pedem volta do cessar-fogo
Por fim, a chancelaria exortou as partes a cumprirem os termos do acordo de cessar-fogo e a retomarem,"com urgência", as negociações para a cessação permanente das hostilidades e a libertação de todos os reféns israelenses.
Leia a nota na íntegra:
"O governo brasileiro deplora os novos ataques israelenses, realizados hoje, dia 18, contra áreas na Faixa de Gaza, inclusive em zonas anteriormente designadas como seguras, os quais provocaram a morte de centenas de palestinos, incluindo grande número de crianças, em flagrante violação do Direito Internacional Humanitário.
Ao assinalar a obrigação de que Israel, como potência ocupante, tome as medidas necessárias para proteger a população civil nos territórios ocupados, o Brasil insta o país a suspender as restrições à entrada de ajuda humanitária a Gaza e a restabelecer o fornecimento de eletricidade no território.
Exorta, ainda, as partes a cumprirem os termos do acordo de cessar-fogo anunciado em 15 de janeiro e a retomarem, com urgência, as negociações com vistas à cessação permanente das hostilidades, à retirada das forças israelenses de Gaza, à libertação de todos os reféns e ao estabelecimento de mecanismo robusto que garanta a entrada desimpedida de ajuda humanitária."