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Israel retoma cessar-fogo em Gaza após ataques contra o Hamas

Tropas disseram ter respondido ataque contra soldados em Rafah

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Explosão na Faixa de Gaza: guerra completou dois anos em 7 de outubro | Reuters/Ronen Zvulun
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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram, no domingo (19), que retomaram o cessar-fogo na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito cerca de quatro horas após as tropas realizarem novos bombardeios no enclave palestino, em resposta a um suposto ataque do Hamas contra soldados em Rafah.

“De acordo com a diretriz do escalão político, e após uma série de ataques significativos em resposta às violações do Hamas, as FDI iniciaram a aplicação renovada do cessar-fogo, de acordo com os termos do acordo. As FDI continuarão a defender o acordo de cessar-fogo e responderão com firmeza a qualquer violação dele”, disseram os militares.

Ao todo, 44 pessoas foram mortas nos ataques. O Hamas negou as acusações de Israel, dizendo que a comunicação com as unidades restantes em Rafah foi cortada. “Não somos responsáveis por quaisquer incidentes ocorridos nessas áreas”, afirmou o grupo.

O mesmo foi dito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsável pela mediação do acordo de paz, que culpou “rebeldes internos” pelos ataques contra soldados israelenses. O republicano disse que, de qualquer forma, o caso será “tratado com dureza” e de “maneira adequada”, frisando que o cessar-fogo continua em vigor.

Acordo de paz

O acordo de paz na Faixa de Gaza foi assinado por Israel e Hamas no início de outubro. A primeira fase englobou a libertação dos reféns capturados pelo grupo em 7 de outubro de 2023, em troca de quase 2 mil palestinos detidos em Israel. Os 20 reféns vivos já foram libertados e agora o Hamas trabalha para a conclusão da entrega dos reféns mortos. Até o momento, 12 dos 28 corpos foram entregues.

Após o grupo concluir a entrega dos corpos, a primeira fase do acordo de paz estará concluída, abrindo caminho para a saída das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Enquanto isso, as organizações reforçam a entrada de ajuda humanitária na região, que deverá ser desmilitarizada nos próximos meses.

Enquanto um novo governo não é firmado, o enclave palestino será administrado por uma gestão internacional temporária, chamada de “Conselho da Paz”, chefiada por Trump e outros líderes e ex-chefes de Estado, e composta por palestinos qualificados. O Hamas, por sua vez, não terá participação no governo.

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Outros pontos do acordo incluem a criação de um plano de desenvolvimento para reconstruir e revitalizar Gaza; o estabelecimento de uma zona econômica especial com tarifas preferenciais e taxas de acesso negociadas; e a garantia de segurança por parceiros regionais, que deverão impedir o Hamas e outras facções de descumprirem os termos do acordo. Para os militantes que se renderem, Israel também prometeu anistia.

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