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Israel realiza operação terrestre em novos distritos da Faixa de Gaza

Militares israelenses realizaram operação terrestre em Deir al-Balah; ataques mataram dezenas de civis e agravaram crise humanitária

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Fumaça e fogo são vistos em prédio residencial atingido por ataque israelense na Cidade de Gaza | Reprodução/Reuters
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Tanques israelenses avançaram nesta segunda-feira (21) para os distritos sul e leste da cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, marcando a primeira incursão terrestre de grande escala na região. Fontes de segurança de Israel afirmam que os militares acreditam que reféns israelenses podem estar sendo mantidos na área.

Deir al-Balah era uma das poucas localidades ainda não invadidas por forças terrestres desde o início da guerra contra o Hamas. Por isso, dezenas de milhares de palestinos deslocados buscaram refúgio na cidade, junto com os moradores locais.

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Segundo médicos palestinos, os bombardeios israelenses atingiram casas e mesquitas, matando ao menos três pessoas e ferindo várias outras.

Em Khan Younis, um ataque aéreo matou cinco civis, incluindo um casal e dois filhos pequenos que estavam abrigados em uma barraca, segundo equipes médicas locais.

Nesta segunda, mais de 20 países incluindo Reino Unido, França, Itália, Japão, Austrália, Canadá e Dinamarca pediram o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que cerca de 130 palestinos foram mortos e mais de 1.000 ficaram feridos em todo o território nas últimas 24 horas, em decorrência de bombardeios e disparos israelenses. Até o momento, o Exército de Israel não comentou os ataques em Deir al-Balah e Khan Younis.

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Fontes israelenses justificaram a ausência de operações anteriores em Deir al-Balah pela suspeita de que o Hamas mantinha reféns na região. Acredita-se que pelo menos 20 dos 50 reféns ainda vivos em Gaza estejam nessa condição.

Familiares dos sequestrados exigiram explicações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do ministro da Defesa, Israel Katz, e do chefe do Exército sobre como pretendem proteger os reféns.

"O povo de Israel não perdoará quem tenha colocado os reféns em risco, vivos ou mortos. Ninguém poderá alegar que não sabia o que estava em jogo", declarou o Fórum de Famílias de Reféns em comunicado.

Outro ponto de atenção é a fome generalizada. Autoridades de saúde alertaram para o risco de "mortes em massa" nos próximos dias devido à escassez de alimentos, que já causou pelo menos 19 mortes desde sábado (19).

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Segundo o Ministério da Saúde local, hospitais enfrentam falta crítica de combustível, medicamentos e suprimentos básicos. Operações médicas vitais correm risco de serem interrompidas.

O porta-voz do ministério, Khalil Al-Deqran, afirmou que profissionais de saúde sobrevivem com apenas uma refeição por dia e que centenas de pessoas chegam diariamente aos hospitais com sintomas de fadiga extrema e exaustão.

Ainda nesta segunda, o Ministério da Saúde de Gaza informou que uma unidade secreta de Israel deteve Marwan Al-Hams, chefe dos hospitais de campanha, em uma operação no sul do território. Um jornalista foi morto e outro ficou ferido na ação, ocorrida em frente a um centro médico administrado pela Cruz Vermelha.

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