Israel e Hamas devem negociar novo cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza
Última trégua foi realizada em novembro e resultou na troca de mais de 300 reféns e detidos
O chefe do Hamas deve visitar o Egito, nesta 4ª feira (20.dez), para participar das negociações de um novo cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza. A iniciativa acontece após Israel afirmar que estava disposto a concordar com uma trégua de uma semana em troca da liberação de mais reféns sequestrados pelo grupo extremista.
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Além de autoridades egípcias, representantes do Catar também devem auxiliar nas negociações. Na 3ª feira (20.dez), o primeiro-ministro do país, xeque Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al-Thani, recebeu um telefonema do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com quem discutiu medidas para conter a guerra.
“Sua Excelência também enfatizou a necessidade de abrir de forma sustentável corredores humanitários para garantir o acesso contínuo à ajuda aos irmãos palestinos na Faixa de Gaza e fornecer a proteção necessária para os comboios de ajuda até que cheguem ao norte da Faixa”, informou o Ministério das Relações Exteriores do Catar.
Em novembro, Israel e Hamas assinaram um acordo de trégua temporária para a troca de reféns por prisioneiros palestinos. O trato, inicialmente previsto para durar quatro dias, chegou a ser renovado duas vezes, mas acabou sendo suspenso por Israel após o país relatar que o Hamas havia quebrado o cessar-fogo temporário.
O período de troca permitiu a liberação de 105 reféns detidos na Faixa de Gaza, incluindo 80 reféns israelenses, bem como de 240 palestinos que estavam em prisões em Israel. Desde então, a comunidade internacional vem pressionando ambas as partes para tentar acordar uma nova trégua temporária visando novas trocas.
Enquanto isso, o exército israelense segue avançando em Gaza. Os militares miram, sobretudo, escolas e unidades de saúde, onde alegam ter informações sobre túneis e salas de comando do Hamas. Até o momento, 19 mil pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira. O número de feridos, por sua vez, passa de 50 mil.
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Na última 3ª feira (12.dez), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, composta por 193 estados-membros, aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo humanitário imediato na guerra. No documento, os países expressaram grande preocupação com o que é apresentado como situação "catastrófica" em Gaza.