Governo de Israel afirma estar pronto para mais uma pausa humanitária
Israelenses querem a liberação de mais pessoas que estão sendo feitas reféns pelo Hamas
O governo de Israel declarou estar pronto para fazer mais uma pausa humanitária pela libertação dos reféns que ainda continuam com o Hamas.
"Estamos prontos para uma nova pausa humanitária para a libertação de reféns. A responsabilidade está toda com o Hamas", disse o presidente Isaac Herzog sobre a possível pausa da força militar definida pelo premiê Benjamin Netanyahu como "a mais moral do mundo", mas que sofreu mais um revés diplomático depois que algumas imagens viralizaram.
Foi em jenin, na Cisjordânia. Soldados comem o que encontram em uma casa e fazem piadas depois de prender, amarrar e tapar os olhos dos moradores. Todos foram suspensos e seu comportamento classificado como "deplorável" pelo exército israelense.
Durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil criticou a expulsão de palestinos de suas casas na Cisjordânia, a situação humanitária em Gaza e a falta de ação do braço mais poderoso das Nações Unidas.
Tudo isso serve de combustível para os inimigos de Israel, como o Irã e os grupos que o país patrocina, como o Hezbollah, no Líbano e os Houthis, no Iêmen que, nesta terça, prometeram continuar atacando navios que tem alguma ligação com os israelenses enquanto não houver um cessar-fogo na Faixa de Faza. Isso depois que os Estados Unidos anunciaram a criação de uma aliança naval pra proteger uma das rotas marítimas mais importantes daquela região.
Todos os navios que chegam ao extremo sul de Israel tem que passar pelo estreito de Bab el-Mandeb, que dá acesso ao mar vermelho e fica na costa do Iêmen. Várias companhias internacionais já anunciaram a suspensão dessa rota, que também dá acesso ao Canal de Suez, no Egito. O caminho alternativo pra chegar à Europa é contornar todo o continente africano.
Além de atacar navios, os Houthis também tem lançado mísseis contra alvos de Israel. Alguns foram interceptados pelo sistema de defesa dos Estados Unidos. O grupo é mais uma peça sensível no quebra-cabeças dessa guerra.
Agências da ONU voltaram a pedir um cessar-fogo e citaram a história de Dunia, a menina de 12 anos que teve a perna amputada, recuperava-se, mas foi morta depois de um bombardeio israelense ao hospital Nasser, em Khan Younes, atingido duas vezes nas últimas 48 horas. É o maior ainda em funcionamento na Faixa de Gaza.
"O lugar mais perigoso do mundo pra crianças", diz o Unicef, braço das Nações Unidas pra infância e adolescência, que destacou nesta terça a situação em números: um banheiro para cada 700 crianças e suas famílias, mais de 100 mil casos de diarreia entre os menores, 130 mil que tem menos de dois anos de vida e são mais vulneráveis em risco de desnutrição.
Ao contrário do que dizem as agências da ONU e centenas de milhares em Gaza, Israel garante que está permitindo e ampliando a entrada de ajuda humanitária e que não está atacando a população civil.