Israel divulga lista com 250 nomes de possíveis libertados e exclui líderes da luta palestina

Israel publicou, nesta sexta-feira (10), uma lista de 250 "detidos por motivos de segurança" que podem ser libertados nos próximos dias. A lista não inclui nenhuma das principais lideranças simbólicas da luta armada palestina contra Israel, como Marwan Barghouti, o "Mandela palestino".

Israel e Hamas aprovaram, nesta semana, a primeira fase do acordo de 20 pontos proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para por fim à guerra na Faixa de Gaza, após dois anos de conflito armado. Um dos pontos do plano estabelece a troca de todos os 48 reféns restantes por 250 prisioneiros palestinos, além de 1.700 moradores de Gaza.

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O Hamas havia exigido a libertação de Barghouti como parte de um possível acordo de cessar-fogo em Gaza, mas Israel, mais uma vez, não concordou com sua libertação. As facções palestinas já haviam tentado garantir a soltura em outras ocasiões, inclusive em negociações anteriores de cessar-fogo durante a guerra que se encerrou há pouco.

Segundo o jornal The Times of Israel, a lista inclui membros dos grupos Hamas, Jihad Islâmica Palestina, Fatah e Frente Popular. Dos 250 prisioneiros a serem libertados, 15 serão enviados para Jerusalém Oriental, 100 para a Cisjordânia e 135, que foram condenados por assassinato ou produção de armas, "estão programados para deportação para Gaza ou outro lugar", de acordo com a decisão.

Entre os 1.722 moradores de Gaza a serem libertados, 1.411 estão sob custódia do Serviço Prisional Israelense e 311 estão sob custódia das Forças de Defesa de Israel (IDF). Vinte e dois deles são menores de idade e não estavam envolvidos no ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.