Israel alertou EUA sobre ataque de drone ao Irã, diz ministro das Relações Exteriores da Itália no G7
Antonio Tajani declarou na reunião que o grupo está comprometido com a desescalada das ações e irão incluir a redução das tensões entre os países
Ministros das Relações Exteriores participantes do Grupo dos Sete (G7) foram informados nesta sexta-feira (19) pelos Estados Unidos sobre um alerta recebido de Israel acerca de uma potencial ação com drones no Irã. Segundo informações da Associated Press (AP), as declarações são do ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
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Tajani, que presidiu a reunião dos ministros realizada em Capri, na Itália, relatou que os Estados Unidos compartilharam as informações durante uma sessão de última hora realizada na manhã de sexta-feira, modificada para abordar o suposto ataque.
Na madrugada do mesmo dia, o Irã ativou suas defesas aéreas em uma base aérea importante e em uma instalação nuclear próxima à cidade central de Isfahan, em resposta a possíveis avistamentos de drones, em um incidente que se presume ser um ataque israelense em represália aos recentes ataques de Teerã ao país.
Os EUA teriam sido notificados "no último minuto" por Israel sobre os drones, de acordo com Tajani, mas não compartilharam detalhes sobre o suposto ataque, apenas a informação em si.
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, optou por não comentar diretamente essa afirmação, limitando-se a destacar que os EUA não estiveram envolvidos em operações ofensivas.
Em comunicado divulgado após a reunião de três dias, os ministros do G7 instaram as partes envolvidas a evitar uma escalada adicional, expressando apoio à segurança de Israel e condenando veementemente o ataque do Irã contra Israel, além da apreensão de um navio de bandeira portuguesa pelo Irã no Estreito de Hormuz.
O grupo declarou disposição para impor novas sanções ou tomar outras medidas contra iniciativas desestabilizadoras futuras e alertou o Irã contra a transferência de mísseis balísticos e tecnologia relacionada para a Rússia.
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Quanto à situação em Gaza, o G7 pediu a libertação de reféns pelo Hamas e instou Israel a respeitar o direito internacional e humanitário.
Os ministros destacaram a oposição do G7 a uma possível operação militar em larga escala em Rafah, ressaltando suas consequências catastróficas para a população civil, e solicitaram um aumento no fluxo de ajuda para Gaza.
"O G7 está comprometido com a desescalada, que incluirá a redução das tensões, seguida por um cessar-fogo, a libertação de reféns e a prestação de ajuda ao povo palestino", afirmou Tajani em coletiva de imprensa de encerramento.