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"Gaza está queimando", diz Israel após lançar novos ataques contra a Cidade de Gaza

Governo voltou a condicionar fim da guerra à eliminação do Hamas e entrega de reféns

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Explosão durante operação de Israel na Cidade de Gaza. | REUTERS/Dawoud Abu Alkas
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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o exército está atacando “com mão de ferro” instalações do Hamas na Faixa de Gaza. A declaração aconteceu na madrugada desta terça-feira (16), após a Cidade de Gaza, capital do território palestino, ser atingida por uma série de ataques aéreos.

“Gaza está queimando. As Forças de Defesa atacam com mão de ferro a infraestrutura terrorista e os soldados das Forças de Defesa estão lutando bravamente para criar as condições para a libertação dos reféns e a derrota do Hamas. Não cederemos e não voltaremos - até a conclusão da missão”, disse Katz.

A Cidade de Gaza, lar de ao menos 1 milhão de palestinos, vem sendo o principal alvo do exército israelense nos últimos meses. Além dos bombardeios, as tropas planejam iniciar uma nova ofensiva terrestre na região, apontada pelos militares como sede do Hamas. Segundo eles, o local abriga uma extensa rede de túneis, utilizados pelo grupo como rota de fuga, estoque de armas e cativeiro de reféns.

Na segunda-feira (15), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, sugeriu que a nova ofensiva já havia começado. "Os israelenses começaram a operar lá. Portanto, achamos que temos uma janela de tempo muito curta em que um acordo pode acontecer. Não temos mais meses. Provavelmente temos dias”, disse.

A declaração de Rubio aconteceu após encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. À imprensa, ambos afirmaram que o único caminho para acabar com a guerra é através da “eliminação” do Hamas e da libertação dos 48 reféns restantes mantidos em Gaza.

"Nossa escolha número um é que isso termine por meio de um acordo negociado em que o Hamas diga: 'Vamos nos desmilitarizar, não vamos mais representar uma ameaça. Às vezes, quando você está lidando com um grupo de selvagens como o Hamas, isso não é possível, mas esperamos que isso aconteça”, disse o secretário norte-americano.

Críticas

A nova ofensiva na Cidade de Gaza foi fortemente criticada por órgãos humanitários. A Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo, afirmou que a ação resultará no massacre de civis, em novos deslocamentos forçados e na destruição de infraestrutura essenciais, como hospitais e abrigos.

A entidade ainda criticou o comunicado emitido pelo exército israelense para que os palestinos fujam para a zona humanitária em Al Mawasi, no sul, uma vez que o local continua sendo alvo de bombardeios e não tem acesso a serviços básicos, como água. Para a organização, “não há mais lugar seguro em Gaza”.

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O mesmo foi dito pelo Médicos Sem Fronteiras (MSF), que denunciou ataques contra hospitais e bloqueio de entrada de ajuda humanitária em Gaza por Israel. “Apelamos aos Estados para que usem urgentemente sua influência para parar o genocídio contra os palestinos em Gaza; garantir um cessar-fogo imediato e sustentado; e acabar com o cerco e permitir a entrega imediata de ajuda humanitária independente em grande escala.”

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