G20 no Rio de Janeiro: Tudo o que você precisa saber sobre o evento

Desde quinta-feira (14), o Rio de Janeiro sedia a 19ª edição do G20, abreviação de "Grupo dos Vinte", que reúne os principais países do planeta. O evento ocorre pela primeira vez na capital fluminense.

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O encontro da Cúpula dos Líderes acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, no Museu de Arte Moderna do RJ (MAM), mas já teve início uma programação paralela que, inclusive, conta uma iniciativa inédita que quer trazer mais participação da sociedade na cúpula (veja mais detalhes abaixo).

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O evento reúne 19 países, a União Europeia (UE) e a União Africana para discutir temas econômicos, políticos e sociais. Você sabe o que é o G20, quem participa do evento e quais decisões são tomadas?

O SBT News separou todas as informações para você ficar por dentro do encontro. Confira:

O que é o G20?

Criado no final da década de 1990, após uma crise financeira global, o grupo realiza cúpulas anuais (que visam estabelecer compromissos conjuntos com foco na cooperação econômica, política e social., embora sem poder legislativo. Ou seja, não "criam" leis mundiais a partir dos encontros).

O grupo de países envolvidos inclui dois terços da população mundial, cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional. 55 delegações de 40 países e de 15 organismos internacionais são esperados para essa edição.

Veja quem são os países (em ordem alfabética)

• África do Sul

• Alemanha

• Arábia Saudita

• Argentina

• Austrália

• Brasil

• Canadá

• China

• Coreia do Sul

• Estados Unidos

• França

• Índia

• Indonésia

• Itália

• Japão

• México

• Reino Unido

• Rússia -- O país será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, uma vez que o presidente Vladmir Putin optou por não comparecer

• Turquia
• União Africana

• União Europeia

Por que o Rio foi escolhido?

A presidência do G20 é rotativa e, desde 1º de dezembro de 2023, o Brasil assumiu, pela primeira vez, a presidência do G20. Anteriormente, a cúpula foi sediada em Nova Déli (2023) e em Bali, Indonésia (2022).

Como cabe ao país-sede colocar na pauta as prioridades do encontro, o Brasil decidiu colocar pontos como a reforma da governança global, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e o combate à fome, pobreza e desigualdade, segundo o governo federal.

Especialistas criticam algumas questões ambientais que estão sendo ignoradas nesta edição e que pode custar parte do PIB global.

Programação oficial e paralela

Apesar da Cúpula se reunir apenas nos dias 18 e 19 de novembro, há eventos da programação paralela que começaram a partir desta quinta-feira (14) e outros previstos para os próximos dias. São eles:

• Cúpula do G20 Social, que é uma iniciativa inédita e reúne cidadãos dos países do grupo e a participação de atores não-governamentais nas atividades e nos processos decisórios do G20. São esperados cerca de 50 mil pessoas de 1.700 organizações, movimentos sociais e redes de 91 países. A ideia é estabelecer, ao final do encontro, um documento com recomendações aos líderes;

• Urban 20 (U20), que contará com prefeitos e representantes de mais de 60 cidades para fazer debates e articulações políticas no sentido de atender às recomendações nas pautas de economia, clima e desenvolvimento nos municípios;

• Aliança Global Festival, com shows de artistas como Seu Jorge, Ney Matogrosso e Zeca Pagodinho.

"Megaferiado" parcial no Rio de Janeiro

Em razão do evento, entre esta sexta-feira (15) e a próxima quarta-feira (20), o Rio de Janeiro adotou um "megaferiado" parcial para minimizar o trânsito na cidade -- que não vale, por exemplo, para comércio de rua, bares e restaurantes, padarias, hotéis, hospedarias e pousadas, além de algumas regiões, como a Oeste e Norte, que não receberão o evento.

Além disso, entre segunda e terça-feira, 18 e 19 de novembro, o Aeroporto Santos Dumont estará fechado, com voos transferidos para o Galeão.