Franceses vão transformar todo lixo orgânico em fertilizantes e biogás
Além de evitar o desperdício de alimentos, medida mitiga emissão de gases de efeito estufa
Pablo Valler
Na França, só quem gerava mais de cinco toneladas de lixo orgânico por ano precisava separá-lo de outros resíduos. Mas, a chegada de 2024 também marcou o início das novas regras de compostagem do país.
Agora, todos são obrigados a separar cascas de vegetais, restos de comida, alimentos vencidos ou até resíduos do jardim em uma lixeira disponibilizada pelo governo. Ou levar tudo a um ponto de coleta.
A coleta é de responsabilidade da prefeitura ou de um serviço terceirizado pelo município. O material não será mais levado para os aterros sanitários regionais e, sim, para uma estação de transformação.
O produto final pode ser um fertilizante natural, para substituir o químico, ou biogás, que pode abastecer fogões residenciais e profissionais, motores automotivos e industriais ou gerar energia elétrica.
As alternativas evitam a emissão de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), 8% das emissões globais ocorrem com o desperdício de alimentos.