Falta de parafusos causou problema em voo da Alaska Airlines
Peças teriam sido retiradas na fábrica da Boeing, segundo relatório preliminar do Conselho de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos
SBT News
Um relatório preliminar divulgado nesta terça-feira (6) pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos aponta que quatro parafusos usados para fixar uma porta de um avião Beoing 737 Max 9 da Alaska Airlines foram retirados para um conserto e não foram recolocados.
O erro teria acontecido na fábrica da Boeing em Renton, Washington, e levou ao acidente durante o voo em 5 de janeiro. Uma das portas de emergência foi arrancada do corpo da aeronave, abrindo um rombo na fuselagem e levando à despressurização da cabine. As máscaras de oxigênio caíram para uso dos passageiros e o piloto conseguiu pousar o avião.
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A aeronave ia de Portland para Oregon com 171 passageiros e seis tripulantes. Todos sobreviveram sem ferimentos.
Segundo o relatório, o painel, conhecido como plugue de porta, foi retirado para consertar rebites danificados no corpo do avião e recolocado sem a fixação de todos os parafusos. Em foto obtida pela autoridade americana, três dos quatro parafusos estão faltando e um quarto buraco não está visível. O avião foi entregue à Alaska Airlines no final de outubro.
O CEO da Boeing, Dave Calhoun, reconheceu a responsabilidade sobre o incidente. “Vamos abordar [esta questão] começando por reconhecer o nosso erro. Vamos abordar isso em 100% e com transparência completa em cada passo. Todos os detalhes são importantes”, disse Dave Calhoun, durante reunião com funcionários da Boeing.
Mas o relatório intensifica os questionamentos sobre os procedimentos de segurança da Boeing, semelhantes aos que se seguiram a dois acidentes fatais com aviões 737 Max 8 em 2018 e 2019.