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Explosivos e maquete do Palácio da Justiça são apreendidos e deixam Colômbia em máximo alerta contra atentado

Policiais confiscaram os materiais no Sul de Bogotá após denúncia anônima. Segurança foi reforçada no centro da capital colombiana.

Explosivos e maquete do Palácio da Justiça são apreendidos e deixam Colômbia em máximo alerta contra atentado
Reprodução/GoogleMaps
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O presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Colômbia falou nesta sexta-feira (16) sobre a apreensão de materiais explosivos e de outros equipamentos que poderiam ser utilizados em um ataque ao Palácio da Justiça. Gerson Chaverra informou que as autoridades encontraram diversos quilos de explosivos, 68 cartuchos de bala, dois carregadores de fuzil, um colete à prova de balas de uso restrito às forças armadas e uma maquete que simula o edifício do Palácio da Justiça.

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De acordo com o presidente do tribunal, a Procuradoria-Geral e o Ministério da Defesa realizaram uma operação em dois imóveis localizados em Ciudad Bolívar, ao sul de Bogotá, após receberem uma denúncia anônima sobre um possível atentado. Uma das residências era de um indivíduo procurado pela justiça por tráfico de drogas. Até o momento, não houve prisões.

A Procuradoria-Geral da República informou que sua divisão especializada no combate a organizações criminosas iniciou uma investigação para identificar os responsáveis pelo suposto plano de ataque ao Palácio.

Diante da gravidade da ameaça, as medidas de segurança no local foram intensificadas. Um número maior de policiais foi destacado para reforçar a proteção do Palácio, além de terem sido implementadas novas regras para o controle de entrada e saída de pessoas e veículos.

O centro histórico de Bogotá abriga não apenas o Palácio da Justiça, mas também o Capitólio, sede do Congresso da República, o Palácio Liévano, sede da Prefeitura de Bogotá, e, a poucos quarteirões ao sul, a Casa de Nariño, sede do governo colombiano. Diante da ameaça, todos esses prédios tiveram seus sistemas de segurança reforçados.

Para Diana Remolina, presidente do Conselho Superior do Poder Judiciário, essa ameaça representa um grave risco à "autonomia do trabalho realizado pela justiça na Colômbia" e à integridade dos servidores públicos. "Trata-se de uma questão de segurança nacional da maior importância", afirmou.

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Histórico violento

A suspeita de que o Palácio da Justiça seja alvo de um novo atentado remete a um episódio que marcou a história da Colômbia. Em 1985, a sede da instituição foi tomada por guerrilheiros do grupo M-19, que, após matar os guardas, mantiveram juízes, funcionários e visitantes como reféns por quase 30 horas.

+Brasil e Colômbia não descartam sugerir nova eleição na Venezuela A tentativa das forças armadas de retomar o controle do prédio resultou em um confronto violento que deixou mais de 100 mortos, incluindo o presidente da Suprema Corte, Alfonso Reyes Echandía. Até hoje, pelo menos sete pessoas permanecem desaparecidas.

Esse histórico, somado a um possível atentado contra o presidente Gustavo Petro em julho de 2024, durante um evento público no centro de Bogotá, reacendeu o temor de novas ações violentas contra instituições do país. Embora o ministro da Defesa, Iván Velásquez, não tenha divulgado detalhes sobre as investigações, informações da imprensa colombiana indicam que a equipe de segurança presidencial foi alertada sobre um possível risco, o que teria motivado um atraso na chegada do presidente ao evento.

Segundo a Associated Press, Gustavo Bolívar, um dos principais aliados de Petro, afirmou que o presidente chegou atrasado em 20 de julho devido a "preocupações de segurança" e a um alerta da embaixada dos Estados Unidos.

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