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EUA revogam vistos de mais de 500 mil imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela

Decisão permite deportação dos afetados a partir de 27 de abril e foi anunciada pelo Departamento de Segurança Interna

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Os Estados Unidos revogaram os vistos temporários de 532 mil imigrantes provenientes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela. A decisão foi anunciada na noite de sexta-feira (21) pelo Departamento de Segurança Interna e autoriza a deportação dos afetados a partir de 24 de abril.

A medida se aplica a imigrantes dessas nacionalidades que entraram nos EUA desde outubro de 2022, amparados por patrocinadores financeiros e com permissões de dois anos para viver e trabalhar no país. Segundo a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, essas pessoas perderão o status legal em 24 de abril ou 30 dias após a publicação da decisão no Registro Federal.

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A nova política impacta diretamente aqueles que ingressaram no país pelo programa de liberdade condicional humanitária. A medida segue uma diretriz da administração Trump, que classificou o uso desse mecanismo como um "abuso generalizado".

Historicamente, a liberdade condicional humanitária tem sido utilizada por presidentes dos EUA para permitir a entrada temporária de pessoas vindas de países em conflito ou instabilidade política.

O presidente Donald Trump tem reforçado sua posição contra a imigração irregular e, durante sua campanha, prometeu deportar milhões de imigrantes sem status legal.

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O Departamento de Segurança Interna afirmou que os imigrantes beneficiados pelo programa e sem outra base legal para permanecer nos EUA "devem sair" antes do vencimento do status. "A liberdade condicional é inerentemente temporária e, por si só, não constitui uma base para obtenção de status migratório", declarou o órgão.

Antes da nova ordem, os beneficiários do programa poderiam permanecer nos EUA até o vencimento da permissão. No entanto, o governo já havia interrompido o processamento de seus pedidos de asilo, visto e outras solicitações que poderiam prolongar sua estadia. A decisão já enfrenta contestação nos tribunais federais.

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A administração Biden permitia que até 30 mil imigrantes dessas quatro nacionalidades entrassem nos EUA mensalmente, com permissão para trabalhar por dois anos. Além disso, negociou com o México para que o país recebesse o mesmo número de pessoas, dada a capacidade limitada dos EUA para deportá-las.

Desde 2022, mais de meio milhão de pessoas chegaram aos EUA por meio desse programa. A iniciativa fazia parte da estratégia do governo de Joe Biden para incentivar a imigração legal, enquanto endurecia o controle sobre aqueles que cruzavam a fronteira ilegalmente. Eram permitidas a entrada de 30.000 imigrantes dessas quatro nacionalidades no país mensalmente, com permissão para trabalhar por dois anos.

* Com informações da Associated Press

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