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EUA dão 72 horas para embaixador da África do Sul deixar o país; entenda motivo

Decisão foi anunciada nesta sexta-feira (14) pelo Departamento de Estado americano, segundo agência France-Presse

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Embaixador da África do Sul tem 72 horas para deixar os EUA | Wikipedia
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O governo dos Estados Unidos deu ao embaixador da África do Sul em Washington, Ebrahim Rasool, o prazo de 72 horas para deixar o país.

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A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (14) pelo Departamento de Estado americano e confirmada por um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul. Rasool foi declarado como 'persona non grata' pelo governo Donald Trump.

De acordo com a Agência France-Presse (AFP), o porta-voz do país africano, Chrispin Phiri, disse que o fato é "lamentável", uma vez que o embaixador estava prestes a se reunir com autoridades estratégicas na Casa Branca.

"Este incidente anula avanços significativos nas relações bilaterais", disse Phiri, referindo-se às tensões envolvendo o futuro da África do Sul no acordo comercial AGOA, que permite a exportação de produtos sul-africanos para os EUA sem tarifas.

Já o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que "não há mais nada para discutir com ele [Rasool]".

"Ebrahim Rasool é um político que incita ao racismo e odeia a América e odeia Trump. O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país", escreveu no X o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio.

Crise diplomática

No início de fevereiro, Trump cortou assistência financeira para a África do Sul por estar insatisfeito com a política de redistribuição de terras no país.

"A África do Sul está confiscando terras", disse o presidente dos EUA na ocasião. Trump também acusou o governo sul-africano de "discriminar os brancos" ao implementar uma reforma agrária que prevê a desapropriação de terras.

A lei sul-africana tem como objetivo corrigir o desequilíbrio histórico na distribuição de terras, com dados apontando que, atualmente, os brancos detêm cerca de 75% das terras agrícolas do país. Em contrapartida, os negros, que representam 80% da população, possuem apenas 4% dessas áreas.

Desde então, a crise diplomática entre os dois países vem se intensificando.

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