EUA anunciam "progresso substancial" em negociações de tarifas com a China
Reuniões entre os dois países para aliviar a guerra comercial começaram no sábado (10), em Genebra, na Suíça

Emanuelle Menezes
Após dois dias de negociações com a China, os Estados Unidos anunciaram neste domingo (11) que fizeram "progresso substancial" para aliviar a guerra comercial iniciada entre os dois países após o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump.
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O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que liderou a delegação estadunidense durante as reuniões em Genebra, na Suíça.
"Estou feliz em informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais", disse Bessent.
As negociações sobre as tarifas de importação entre os dois países começaram no sábado (10). Na sexta-feira (9), no que pareceu ser um recuo, Trump escreveu em sua rede social que uma tarifa de 80% contra o país asiático parecia "mais correta".
Do lado chinês, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, foi o escolhido para representar o país na negociação. Washington, por sua vez, enviou Bessent e o representante de Comércio Nacional, Jamieson Greer.
O avanço do diálogo entre China e Estados Unidos acontece após semanas de relutância, sobretudo de Pequim, que chegou a prometer "lutar até o fim" contra as tarifas norte-americanas. Em um editorial em sua agência de notícias estatal, o país asiático afirmou que "rejeitaria firmemente qualquer proposta que comprometa os princípios fundamentais ou prejudique a causa mais ampla da equidade global".
Entenda a guerra comercial
A guerra comercial entre Estados Unidos e China começou após Trump implementar tarifas retaliatórias para 185 países e regiões, incluindo Pequim. O anúncio teve grande repercussão internacional, o que fez o republicano adiar a medida por 90 dias, mantendo um imposto mínimo de 10% aos países. A decisão, contudo, não englobou a China, que havia retaliado a medida.
O embate escalou com as semanas e terminou com Washington impondo uma tarifa de 145% contra a China. Pequim, por sua vez, aplicou taxas de 125% sobre as importações dos Estados Unidos e suspendeu negócios com 18 empresas norte-americanas. O país também começou a procurar novos parceiros comerciais para garantir a economia.
*Com informações da Associated Press