Eduardo Bolsonaro diz que irá "às últimas consequências" contra Alexandre de Moraes
Deputado licenciado foi a Washington para se reunir com representantes do governo norte-americano

SBT News
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que está disposto a ir "às últimas consequências" para tirar o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), do poder. Eduardo ainda chamou o jurista de psicopata. "Estou disposto a ir às últimas consequências para retirar esse psicopata do poder", disse, em entrevista à BBC News, em Washington, na quarta-feira (13).
O deputado e o jornalista Paulo Figueiredo estão na capital norte-americana para se reunirem com representantes do governo daquele país. Os dois são vistos por autoridades brasileiras como principais articuladores das sanções impostas ao Brasil.
"Há a extensão da Lei Magnitsky para outras pessoas. Há, na mesa do secretário Marco Rubio, a retirada de vistos, entre outros mecanismos de pressão para tentar fazer com que o Brasil saia dessa crise institucional que nós vivemos" disse. A Lei Magnitsky foi aplicada a Moraes (saiba mais aqui).
Eduardo também falou em possíveis sanções aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), caso não seja analisado o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
"Se no futuro nada for feito, talvez aí a gente tenha também o Alcolumbre e o Hugo Motta figurando nessa posição. Eu sei que é o seguinte: eles já estão no radar e as autoridades americanas têm uma clara visão do que está acontecendo no Brasil."
Hugo Motta
Nesta quinta-feira (14), Hugo Motta voltou a afirmar que não vê ambiente para anistia "ampla, geral e irrestrita" a processados e condenados pelos atos golpistas, e explicou que pode prosperar uma proposta alternativa, com revisão de penas.
"Um projeto auxiliar começou a ser discutido ainda no semestre passado. Eu não vejo dentro da Casa um ambiente para, por exemplo, anistiar quem planejou matar pessoas, não acho que tenha esse ambiente dentro da Casa", disse, em entrevista à Globonews.
"Atuação contra o país"
Motta falou também que Eduardo Bolsonaro "cumpre papel de defender o pai" (o ex-presidente Jair Bolsonaro), mas criticou o parlamentar. "Agora, quando parte para uma atuação contra o país que prejudica empresas, nossa economia, não acho razoável. Essa atitude, realmente, nós temos total discordância", falou, em referência ao tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
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