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Estados Unidos enviam negociadores ao Oriente Médio para tentar salvar cessar-fogo em Gaza

Novos bombardeios e mortes na Faixa de Gaza colocam em risco o acordo mediado por Donald Trump

Imagem da noticia Estados Unidos enviam negociadores ao Oriente Médio para tentar salvar cessar-fogo em Gaza
Ataque israelense na Cidade de Gaza | Reprodução/Reuters
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Os Estados Unidos voltaram a enviar negociadores ao Oriente Médio numa tentativa de salvar o acordo de cessar-fogo costurado pelo ex-presidente Donald Trump. A trégua ficou ameaçada após novos bombardeios na Faixa de Gaza.

Segundo autoridades médicas, disparos israelenses mataram três pessoas perto de uma linha de cessar-fogo em Gaza, nesta segunda-feira (20). Enviados norte-americanos são esperados em Israel para tentar manter o acordo, que passou pelo teste mais difícil desde o fim de semana.

Uma autoridade palestina próxima às negociações afirmou que os esforços dos mediadores árabes e dos Estados Unidos serão intensificados após a restauração temporária da calma no enclave, depois de um dia de intensos bombardeios que deixaram pelo menos 28 mortos.

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De acordo com o governo israelense, os ataques lançados no domingo foram uma resposta a uma ação palestina que matou dois soldados em Rafah, no sul de Gaza. Israel classificou o episódio como uma violação flagrante da trégua por parte do Hamas.

Mesmo com os episódios de violência desde o início do cessar-fogo, os enviados norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro de Trump, devem pressionar pela implementação da segunda fase do plano de paz. O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, também deve visitar Israel nesta terça-feira, segundo informou a autoridade aeroportuária israelense.

O incidente desta segunda-feira ocorreu no subúrbio de Tuffah, na Cidade de Gaza, ao longo da chamada “linha amarela”, que delimita a retirada militar israelense das áreas mais povoadas. O episódio aumentou o temor entre os moradores da região.

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Autoridades de saúde locais informaram que disparos de tanques israelenses mataram três pessoas. O Exército de Israel afirmou que suas forças reagiram a militantes que cruzaram a linha amarela para eliminar uma ameaça.

Mais tarde, testemunhas relataram novos bombardeios de tanques israelenses na região central da Faixa de Gaza, a leste de Deir al-Balah. Moradores da Cidade de Gaza relataram confusão sobre a localização exata da linha, já que ainda não há marcações físicas ao longo de grande parte do trajeto.

“Toda a área está em ruínas. Vimos os mapas, mas não sabemos dizer onde estão essas linhas”, disse Samir, de 50 anos, morador de Tuffah.

As Forças Armadas de Israel divulgaram um vídeo mostrando escavadeiras instalando blocos amarelos para marcar a linha. Tanto Israel quanto o Hamas afirmaram que permanecem comprometidos com o cessar-fogo, apesar da recente interrupção.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde o início do acordo de cessar-fogo, em 10 de outubro, ataques israelenses mataram 80 pessoas e feriram outras 303. Somente nas últimas 24 horas, as operações israelenses resultaram em 57 mortes e 158 feridos.

Com os novos registros, o número total de mortos em Gaza desde o início do conflito Israel-Palestina, em 7 de outubro de 2023, chega a 68.216, e o total de feridos a 170.361, conforme as autoridades locais. O Exército israelense informou ainda que dois de seus soldados morreram em um ataque do Hamas no domingo.

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