Estados Unidos afirmam que González foi o vencedor das eleições na Venezuela
Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país declarou Nicolás Maduro como ganhador do pleito
O secretário dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta quinta-feira (1°) que Edmundo González Urrutia foi o vencedor das eleições venezuelanas. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Nicolás Maduro foi o ganhador do pleito.
"Infelizmente, o processamento desses votos e o anúncio dos resultados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, foram profundamente falhos, resultando em um anúncio que não representa a vontade do povo venezuelano", afirmou Blinken.
O secretário americano citou relatórios de observadores independentes e irregularidades no processo eleitoral da Venezuela para descredibilizar o CNE, e parabenizou González pelo resultado nas eleições.
"Parabenizamos Edmundo González Urrutia por sua campanha bem-sucedida. Agora é o momento de os partidos venezuelanos iniciarem discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano. Apoiamos totalmente o processo de reestabelecimento das normas democráticas na Venezuela e estamos prontos para considerar maneiras de fortalecê-lo, em conjunto com nossos parceiros internacionais", afirmou.
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Blinken também repudiou as ameaças sofridas por opositores e a prisão de rivais de Maduro
"A segurança e proteção dos líderes e membros da oposição democrática devem ser garantidas. Todos os venezuelanos presos enquanto exerciam pacificamente seu direito de participar do processo eleitoral ou de exigir transparência na tabulação e anúncio dos resultados devem ser libertados imediatamente", disse.
Maduro abre espaço para diálogo
O presidente da Venezuela afirmou em suas redes sociais que está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, mas com condições.
"Sempre dialoguei, se o governo dos EUA estiver disposto a respeitar a soberania e parar de ameaçar a Venezuela podemos retomar o diálogo", escreveu Maduro.
O venezuelano também colocou como condição o cumprimento de um entendimento firmado entre os dois país no Catar.