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Entidades de Hollywood rebatem suspensão do programa de Kimmel após comentários sobre a morte de Kirk

Sindicato disse que proibição é um ataque aos direitos de liberdade de expressão protegidos pela Constituição

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Jimmy Kimmel teve seu programa cancelado após tecer comentários sobre a reação da direita com a morte de Kirk | REUTERS/Mario Anzuoni
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A Casa Branca tem recebido uma série de críticas de Hollywood após decidir retirar do ar o programa de Jimmy Kimmel na quarta-feira (17), após o apresentador ter feito comentários sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, na semana passada em uma universidade de Utah. A ABC, emissora do programa, disse que estava suspendendo "Jimmy Kimmel Live!" indefinidamente depois que pelo menos uma afiliada afirmou que substituiria a transmissão do programa em todas as suas ondas de rádio e de TV. Kimmel, apresentador do programa noturno, é um crítico frequente do governo Trump e sugeriu, em um monólogo antes do início do show, que os aliados de Kirk estavam usando a sua morte para "marcar pontos políticos". O republicano comemorou a medida e disse que Kimmel "tem zero talento". Os sindicatos que representam roteiristas e atores disseram que a proibição é um ataque aos direitos de liberdade de expressão protegidos pela Constituição, afirmando que a ABC não deveria ter cedido diante da pressão do governo dos EUA. A suspensão do programa de Kimmel marcou a mais recente ação contra figuras da mídia, trabalhadores acadêmicos, professores e funcionários de empresas por causa de comentários sobre Kirk após o assassinato.

"O que assinamos — por mais doloroso que possa ser às vezes — é o acordo de liberdade para discordar", disseram o Sindicato dos Roteiristas da América West e o Sindicato dos Roteiristas da América East em uma declaração conjunta. "É vergonhoso para aqueles no governo que se esquecem dessa verdade fundamental. Quanto aos nossos empregadores, nossas palavras os enriqueceram. Silenciar-nos empobrece o mundo inteiro."

A morte de Kirk provocou manifestação de pesar entre os seus fãs e seguidores e, ao mesmo tempo, estimulou alguns apoiadores da direita a atacar pessoas que criticavam as opiniões de Kirk ou faziam piadas sobre seu assassinato. + Imagens de Trump, príncipe Andrew e Epstein são projetadas no Castelo de Windsor

O SAG-AFTRA, sindicato que representa os atores, condenou a suspensão do programa, dizendo que "a decisão de suspender a transmissão do Jimmy Kimmel Live! é o tipo de supressão e retaliação que põe em risco as liberdades de todos", enquanto o ator Ben Stiller escreveu "isso não está certo" no site de mídia social X.

O presidente Trump ameaçou repetidamente retirar os recursos dos canais de de televisão e pressionou as emissoras a pararem de transmitir conteúdo que ele considera questionável. Ele também direcionou sua ira contra a mídia impressa com a apresentação de um processo de difamação de US$15 bilhões contra o New York Times.

Mais cedo na quarta-feira (17), o presidente da Comissão Federal de Comunicações, Brendan Carr, pediu às emissoras locais que parassem de transmitir o programa. Kimmel, que frequentemente tem atacado Trump em seu programa de comédia noturno, não respondeu a um pedido de comentário.

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