Em carta, Biden resiste a apelos para abandonar candidatura e pede fim de drama partidário
Carta foi enviada pela campanha do político a congressistas membros do Partido Democrata nesta segunda-feira (8)
Guilherme Resck
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu uma carta, aos congressistas membros do Partido Democrata, na qual resiste aos apelos para abandonar a candidatura à Presidência do país. No texto ainda, ele pede o "fim" do drama interno na sigla que dividiu os filiados sobre se ele deveria continuar na corrida presidencial depois de seu desempenho no debate com Donald Trump no mês passado, desempenho este que o próprio Biden admitiu ter sido ruim.
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A carta, de duas páginas, foi enviada pela campanha do político aos congressistas do partido nesta segunda-feira (8). As informações são da Associated Press.
Ainda de acordo com a agência de notícias, Biden escreveu que "a questão de como seguir em frente tem sido bem ventilada por mais de uma semana. E é hora de acabar". Segundo ele, o Partido Democrata possui "uma tarefa", que é derrotar o republicano Donald Trump nas eleições em novembro.
"Temos 42 dias para a Convenção Democrata e 119 dias para a eleição geral", relembrou Biden na carta, segundo a AP. "Qualquer enfraquecimento da determinação ou falta de clareza sobre a tarefa à frente só ajuda Trump e nos prejudica. É hora de nos unirmos, seguirmos em frente como um partido unificado e derrotar Donald Trump", prosseguiu.
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Na última sexta-feira (5), Biden admitiu que se preparou mal para o debate com Trump, mas afirmou que só desiste da campanha à reeleição se Deus mandar. "Se o Senhor Todo-Poderoso descesse e me dissesse [para desistir], eu poderia fazer isso", disse ao apresentador e jornalista George Stephanopoulos, da rede de televisão norte-americana ABC.
A revista The Economist, do Reino Unido, pediu para que Biden retire sua candidatura às eleições de 2024. Na edição publicada na quinta-feira (4), um andador com o selo da Presidência dos Estados Unidos estampa a capa ao lado da frase: "sem condição de comandar um país"
Publicações relevantes nos Estados Unidos, como o The New York Times e The Wall Street Journal, publicaram editoriais defendendo a desistência de Biden.
