Elisabeth Borne, primeira-ministra da França, renuncia ao cargo
Decisão acontece em meio à tentativa do presidente Emmanuel Macron de reestruturar o governo
Camila Stucaluc
A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, renunciou ao cargo na noite de segunda-feira (8). A decisão, segundo ela, foi tomada em meio à tentativa do presidente Emmanuel Macron de reestruturar o governo antes das eleições europeias, que ocorrem em junho. Borne deve permanecer no cargo até que um substituto seja nomeado.
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"Embora deva apresentar a renúncia do meu governo, queria dizer o quanto eu era apaixonada por essa missão. Trabalhamos duro para garantir a adoção, em condições sem precedentes no Parlamento, de textos financeiros. A lei de imigração e mais de cinquenta leis que respondem aos desafios", disse Borne na carta de renúncia.
Pelas redes sociais, Macron agradeceu à ex-premiê, dizendo que seu trabalho foi exemplar todos os dias. "O seu trabalho ao serviço da nossa nação tem sido exemplar todos os dias. Você implementou nosso projeto com a coragem, o comprometimento e a determinação das mulheres de Estado. De todo o coração, obrigado”, escreveu o presidente.
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Apesar da renúncia de Borne ter sido pela vontade de Macron de nomear um novo primeiro-ministro, a permanência da política no cargo já vinha sendo questionada desde abril do ano passado, quando foi promulgada a reforma da previdência. O projeto, que aumentou em dois anos a idade de aposentadoria (de 62 para 64) assim como os anos de contribuição, provocou uma onda de protestos de três meses seguidos no país.
