Egito propõe cessar-fogo de 2 dias em Gaza e libertação de reféns
Além da suspensão das hostilidades, proposta visa aumentar a entrada de ajuda humanitária na região
O presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi, propôs um cessar-fogo de dois dias entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza. O plano, anunciado na noite de domingo (27), engloba a libertação de quatro reféns israelenses mantidos em Gaza por um número não especificado de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
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Além da suspensão das hostilidades, o cessar-fogo serviria para aumentar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, onde mais de 90% da população está sofrendo de insegurança alimentar. Segundo Sissi, o objetivo é “levar a situação adiante”, isto é, continuar pressionando Israel e Hamas por um cessar-fogo permanente.
A proposta do Egito acontece em meio à retomada do diálogo entre Israel e Hamas para reiniciar as negociações – congeladas há meses. Assim como o Egito, Catar e Estados Unidos também tentam mediar o diálogo. No domingo, representantes de Israel viajaram para Doha para conversar com as autoridades dos países.
Até o momento, no entanto, os esforços resultaram em apenas cessar-fogos temporários, em 2023. Isso porque, enquanto o Hamas exige a retirada das tropas israelenses de Gaza, Israel afirma que os soldados permanecerão na região até “destruírem” o grupo.
O cenário é criticado pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que chamou a situação dos palestinos de "insuportável".
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“A devastação e a privação resultantes das operações militares de Israel no norte de Gaza estão tornando as condições de vida insustentáveis para a população palestina. Este conflito continua a ser travado com pouca consideração pelos requisitos do Direito Internacional Humanitário. Em nome da humanidade, reitero meu apelo por um cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns”, disse ele.