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Droga kush: conheça a substância composta por ossos humanos que atinge país da África

Serra Leoa vive crise; Dependentes químicos e traficantes desenterram sepulturas para conseguir restos mortais para fabricar o ilícito

Imagem da noticia Droga kush: conheça a substância composta por ossos humanos que atinge país da África
Comunidade de Serra Leoa protesta contra a droga Kush | Reprodução / SLBC
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Uma droga sintética e barata nomeada de Kush, composta por um derivado da maconha misturado com um analgésico que atua na medula espinhal e no cérebro, com uma substância do tramal, produtos químicos e ossos humanos moídos, tem colocado a vida de jovens em situação de emergência, em Serra Leoa, país do continente africano.

Em algumas comunidades, dependentes químicos e traficantes estão desenterrando sepulturas para chegar aos restos mortais humanos. A partir desse ponto, em que foi possível fabricar a droga localmente, o problema social e de saúde cresceu exponencialmente em Serra Leoa.

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O entorpecente deixa as pessoas doentes com lentidão, quase adormecidas, além de provocar ansiedade e desespero nos usuários.

O governo de Serra Leoa não divulga números oficiais sobre mortes ou internações relacionadas ao Kush. No entanto, de acordo com o canal estatal SLBC, neste ano, Julius Maada Bio, presidente do país, declarou a propagação da droga como uma epidemia, uma ameaça nacional e afirmou guerra contra o tráfico do entorpecente.

"A luta contra as drogas e o abuso de substâncias no país precisa de um esforço coletivo, a razão pela qual a tarefa nacional será combater a crescente crise de Kush no país", afirmou Julios Maada Bio.

Por conta da crise vivida no país, no dia 4 de abril, foi criado um Grupo de Trabalho Nacional focado no combate às vendas ilegais de Kush.

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Paralelamente, em Freetown, capital de Serra Leoa, organizações civis têm se reunido em prédios abandonados, casas de voluntários e outras dependências para ajudar os usuários de droga, enquanto o sistema de saúde do país está sobrecarregado.

Funcionários e alunos de um colégio em Serra Leoa protestam contra o Kush | Reprodução / SLBC
Funcionários e alunos de um colégio em Serra Leoa protestam contra o Kush | Reprodução / SLBC
"As pessoas da comunidade cooperam e ajudam à sua maneira individual. Alguns trazem comida, outros trazem água, fazendo o que podem para ajudar", disse Suleiman Turay, um dos fundadores do projeto independente.

Somente na comunidade Bombaim, em Freetown, o projeto social tratou de 70 a 80 dependentes químicos do Krush.

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Na visão de Ansu Konneh, diretor de saúde mental do Ministério do Bem Estar Social, a droga afetou Serra Leoa como nenhuma outra substância já vista.

"Ela está fazendo com que os jovens abandonem a faculdade e tenha um efeito físico na saúde deles. Você pode ver que eles têm os pés inchados, têm falência de múltiplos órgãos, estão envolvidos em crimes. É uma situação muito grave. Está criando desintegração familiar, problemas nas comunidades, e eles morrem todos os dias", disse Ansu Konneh.

*Com informações da Associated Press

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